As mudanças na economia induzidas pela globalização têm exigido do setor agrícola maior eficiência técnica e econômica na condução das explorações. Neste contexto a busca de competitividade, o conhecimento dos custos de produção e da rentabilidade das culturas é cada vez mais importante no processo de tomada de decisão dos agentes do agronegócio.
O desempenho produtivo e a viabilidade econômica de qualquer cultura dependem de fatores endógenos e exógenos aos sistemas de produção. Nesse sentido, o clima, o preparo do solo, a cultivar ou híbrido utilizados, espaçamento, manejo, formulações nutricionais e o grau de incidência de pragas e doenças são os principais fatores que afetam o desempenho das culturas. Por outro lado, correlacionados às especificações técnicas empregadas, os preços dos fatores de produção, o preço do produto e a especialização da mão-de-obra determinam a rentabilidade das culturas. Adicionalmente, a aparência, textura, homogeneidade, cor, sabor e a fidelidade aos contratos de fornecimento conferem a competitividade aos produtos. A exploração racional de qualquer cultivo depende basicamente da tecnologia empregada (SATO,1975).
No caso da berinjela, essa hortaliça começou a se destacar no mercado, a partir da década de 80, em decorrência da mudança de hábitos da população mundial em busca da valorização da saúde e maior longevidade. Nesse contexto, ao atribuir maior valor aos alimentos que apresentam em sua composição propriedades nutritivas com capacidade de prevenir doenças, o mercado passou a impulsionar o consumo e a produção das hortaliças.
De acordo com o Senso Agropecuário de 1996, a produção brasileira foi de 30,7 mil toneladas, das quais a região Sudeste participou com 88,79% da produção. Com exceção do Amapá, Maranhão e Piauí, a berinjela é cultivada em todos os estados brasileiros, principalmente São Paulo (60,74%), Rio de Janeiro (12,43%) e Minas Gerais (14,32%). Em 2004 São Paulo teve produtividade média de 35,4 t/ha com área plantada de 1,3 mil ha (IEA/CATI, 2005). Em Minas Gerais, a produção das áreas assistidas pela Emater Minas (195,6 ha) foi de 5,7 mil t e a produtividade, de 29,2 t/ha (EMATER-MG, 2005). No Paraná, a produção foi de 11,4 mil t em uma área de 454,15 ha, com produtividade de 25,0 t/ha (EMATER-PR, 2005). No Distrito Federal, em uma área de 49,0 ha, com produtividade de 28,0 t/ha, foram colhidas 1,4 mil t (EMATER-DF, 2005).
Utilizando-se os critérios de Hoffmann (1993), através das taxas geométricas de crescimento (TGC) analisou-se o desempenho da cultura da berinjela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal, no período de 1998-2004.
Calculada pelas taxas geométricas de crescimento (TGC) propostas pelo critério de Hoffmann (1992), descrito pela fórmula: