Embrapa Hortaliças
Sistemas de Produção, 3
ISSN 1678-880x Versão Eletrônica
Nov. / 2007
Berinjela (Solanum melongena L.)
Autores

Sumário

Apresentação
Botânica
Clima
Solos
Cultivares
Produção de mudas
Tratos culturais
Irrigação
Plantas daninhas
Diagnose foliar
Pragas
Doenças
Pós-colheita
Processamento
Produção de sementes
Cultivo protegido
Propriedades nutracêuticas
Coeficientes técnicos
Referências
Glossário



Expediente

Coeficientes técnicos


As mudanças na economia induzidas pela globalização têm exigido do setor agrícola maior eficiência técnica e econômica na condução das explorações. Neste contexto a busca de competitividade, o conhecimento dos custos de produção e da rentabilidade das culturas é cada vez mais importante no processo de tomada de decisão dos agentes do agronegócio.

O desempenho produtivo e a viabilidade econômica de qualquer cultura dependem de fatores endógenos e exógenos aos sistemas de produção. Nesse sentido, o clima, o preparo do solo, a cultivar ou híbrido utilizados, espaçamento, manejo, formulações nutricionais e o grau de incidência de pragas e doenças são os principais fatores que afetam o desempenho das culturas. Por outro lado, correlacionados às especificações técnicas empregadas, os preços dos fatores de produção, o preço do produto e a especialização da mão-de-obra determinam a rentabilidade das culturas. Adicionalmente, a aparência, textura, homogeneidade, cor, sabor e a fidelidade aos contratos de fornecimento conferem a competitividade aos produtos. A exploração racional de qualquer cultivo depende basicamente da tecnologia empregada (SATO,1975).

No caso da berinjela, essa hortaliça começou a se destacar no mercado, a partir da década de 80, em decorrência da mudança de hábitos da população mundial em busca da valorização da saúde e maior longevidade. Nesse contexto, ao atribuir maior valor aos alimentos que apresentam em sua composição propriedades nutritivas com capacidade de prevenir doenças, o mercado passou a impulsionar o consumo e a produção das hortaliças.

De acordo com o Senso Agropecuário de 1996, a produção brasileira foi de 30,7 mil toneladas, das quais a região Sudeste participou com 88,79% da produção. Com exceção do Amapá, Maranhão e Piauí, a berinjela é cultivada em todos os estados brasileiros, principalmente São Paulo (60,74%), Rio de Janeiro (12,43%) e Minas Gerais (14,32%). Em 2004 São Paulo teve produtividade média de 35,4 t/ha com área plantada de 1,3 mil ha (IEA/CATI, 2005). Em Minas Gerais, a produção das áreas assistidas pela Emater Minas (195,6 ha) foi de 5,7 mil t e a produtividade, de 29,2 t/ha (EMATER-MG, 2005). No Paraná, a produção foi de 11,4 mil t em uma área de 454,15 ha, com produtividade de 25,0 t/ha (EMATER-PR, 2005). No Distrito Federal, em uma área de 49,0 ha, com produtividade de 28,0 t/ha, foram colhidas 1,4 mil t (EMATER-DF, 2005).

Utilizando-se os critérios de Hoffmann (1993), através das taxas geométricas de crescimento (TGC) analisou-se o desempenho da cultura da berinjela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal, no período de 1998-2004.

Calculada pelas taxas geométricas de crescimento (TGC) propostas pelo critério de Hoffmann (1992), descrito pela fórmula:



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