- Introdução |
Raças | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Uma ou a outra opção depende de vários fatores, como: sistema de produção, clima, topografia do terreno (localização da propriedade) etc., bem como da preferência pessoal do produtor. Sem dúvida nenhuma, o sistema de produção a ser empregado na propriedade é o item mais importante a ser considerado na escolha da raça ou do cruzamento. O sistema de produção a ser adotado é decorrente do desempenho dos animais existentes e das práticas de manejo utilizadas na propriedade. Este desempenho pode ser estimado pela média da produção de leite por lactação, produção de leite diária, dentre outros. Os rebanhos podem ser divididos em três níveis de produção como, por exemplo: 1) alto, que propiciam produções acima de 4.200 kg/lactação. 2) médio, com produções de 2.800 a 4.200 kg/lactação. 3) baixo, com produções abaixo de 2.800 kg/lactação. Na escolha do recurso genético mais adequado para a propriedade em questão, de acordo com o nível de criação e produção, deve-se considerar: - em propriedades com médias de produção de leite acima de 4.200 kg por lactação, devem ser empregadas as raças européias especializadas, sendo a Holandesa a mais difundida; - em propriedades com produções de leite entre 2.800 e 4.200 kg por lactação, têm-se como opção o cruzamento alternado com repetição do europeu, o uso de fêmeas F1 ou o uso de vacas 3/4 Holandês x Zebu; e - para fazendas com produções de leite inferiores a 2.800 kg por lactação, deve ser adotado o cruzamento alternado simples (Europeu x Zebu); como opção existe a raça Girolando (5/8 Holandês + 3/8 Gir) e as raças Zebu leiteiras. Tendo por base o desempenho do Sistema Intensivo de Produção de Leite (SIPL-GH) da Embrapa Pecuária Sudeste nos três períodos de intensificação do uso dos recursos genéticos e ambientais e das práticas de manejo (Tabela 1), após o primeiro período (1984-1991) houve substituição gradual das vacas mestiças e cruzadas (até 15/16 de Holandês), existentes no início da formação do rebanho, por fêmeas da raça Holandesa, por meio de cruzamento absorvente e aquisição de novilhas da raça Holandesa (a maioria puras de origem). Os dados de produção e reprodução observados no SIPL-GH de 1984 a 2001 foram analisados pelo método dos quadrados mínimos, ajustando-se os dados para os efeitos fixos de ano (1984 a 2001) e época de parição (verão, outono, inverno e primavera), grupo genético da vaca (cruzadas, puras por cruza, primeira até sexta gerações controladas, puras de origem), ordem de parto (1 até 6), causa de secagem (pré-parto, baixa produção, outras causas), tipo de parto (normal, distócico, aborto) e sexo do bezerro (macho, fêmea). As médias obtidas são mostradas na Tabela 2, de acordo com o grupo genético das vacas. Os resultados das análises de variância mostraram que não houve efeito significativo de grupo genético sobre as características estudadas. As médias de produção de leite por dia de intervalo de partos são maiores do que as relatadas na literatura em rebanhos da Região Sudeste, particularmente naqueles próximos à região de São Carlos, onde a pecuária de leite é praticada com maior nível de intensificação do que noutras regiões. Tabela 2 – Médias de produção de leite (PL), duração da lactação (DL), intervalo de partos (IP) e produção de leite por intervalo de partos (PL/IP), de acordo com o grupo genético das vacas - Sistema Intensivo de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP (período de 1984 a 2001).
Maiores detalhes sobre estratégias de utilização de
recursos genéticos para produção de leite podem ser obtidos na
Embrapa Pecuária
Sudeste, São Carlos, SP (Circular Técnica 19, 1999). |
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