Embrapa Gado de Leite
Sistema de Produção, 3
Alimentação

Raimundo Bezerra de Araújo Neto
João Avelar Magalhães
José Alcimar Leal
Maria Perpetuo Socorro Bona C. do Nascimento
Hoston Tomás Santos do Nascimento
Expedito Aguiar Lopes
Braz Henrique Nunes Rodrigues
Tania Maria Leal
Edson Câmara Italiano
Victor Muiños Barroso Lima

- Introdução
Importância econômica
- Aspectos agro e   zooecológicos
- Raças
-
Infra-estrutura
- Alimentação
- Reprodução
- Manejo Sanitário
- Mercados e   Comercialização
- Coeficientes Técnicos
-
Referências bibliográficas
- Glossário
- Editores

 

Alimentação do Rebanho

 
As pastagens devem ser bem formadas e manterem-se produtivas ao longo do ano, sendo mais adequadas as gramíneas como, capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.), braquiarão (Brachiaria brizantha), Panicum maximum cv. Mombaça e Panicum maximum cv. Tanzânia, usadas em pastejo rotativo com períodos de pastejo e descanso que variam, respectivamente, de 3 a 5 dias e 30 a 45 dias. As gramíneas destinadas às vacas em lactação devem ser irrigadas no período seco, recomendando-se o sistema de aspersão fixa de baixa pressão, que é um sistema caracterizado pela aplicação de uma chuva fina de 4 mm/hora, durante 10 horas/dia. Além da irrigação, deve ser realizada a adubação periódica da pastagem, principalmente com nitrogênio e potássio, porém o mais recomendável é a análise de solo.

Além da pastagem de gramíneas, as vacas em lactação devem ter acesso a um banco de proteína de leucena (Leucaena leucocephala) ou de outra leguminosa. Além disso, os animais em lactação com produção superior a 5 kg de leite recebem concentrado à razão de 1 kg para cada 3 kg de leite produzido.

Todas as fêmeas que não estejam em lactação devem também permanecer em boas pastagens, com acesso a uma mistura mineral e água abundante e de boa qualidade.

Ao nascer, as crias permanecem com as mães por 24 horas, para ingestão do colostro, quando então são separadas e conduzidas a um bezerreiro individual onde passam a receber aleitamento por meio de balde até atingirem 2 a 2,5 vezes o peso ao nascerem. O leite é fornecido individualmente, de uma só vez, pela manhã, em quantidade fixa de 3,0 kg de leite/animal/dia. A partir da segunda semana de vida, os bezerros são transferidos para um piquete com pastagens tenras, dotado de bebedouro e sombreamento natural. Nessa fase também se fornece a mesma mistura de concentrado que eles passam a consumir após o desaleitamento abrupto, cujo propósito é habituar os animais à futura dieta.

Após desaleitadas, as crias são mantidas em piquetes de pastagem tenra com suplementação alimentar de 600 g de ração concentrada por dia.
 

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