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Sistema de Produção de Citros para o Nordeste | ||
Importância
econômica |
Apresentação | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A citricultura brasileira apresenta números expressivos que traduzem a grande importância econômica e social que a atividade tem para a economia do País. Alguns desses números são mostrados concisamente: a área plantada está ao redor de 1 milhão de hectares e a produção de frutas supera 19 milhões de toneladas, a maior no mundo há alguns anos. O País é o maior exportador de suco concentrado congelado de laranja cujo valor das exportações desse e de outros derivados tem gerado cerca de 1,5 bilhão de dólares anuais. O setor citrícola brasileiro somente no Estado de São Paulo gera mais de 500 mil empregos diretos e indiretos. Há que se considerar, no entanto, a importância da citricultura para a economia de regiões pobres como o Nordeste, objeto deste sistema de produção. Poderiam ser mencionados como fatores responsáveis pela ascensão e pela posição de liderança da citricultura brasileira na produção mundial: 1. Condições ecológicas apropriadas desde a Amazônia até o Estado do Rio Grande do Sul, o que permite a instalação de pomares sem o uso obrigatório de irrigação, como também a disponibilidade de área, facilitando a expansão dos cultivos; 2. As áreas produtoras mais importantes estão perto das capitais dos estados, aproveitando de tal modo a estrutura que já existe, como energia elétrica, rodovias pavimentadas, portos marítimos e todos os meios de comunicação; 3. Acervo satisfatório de tecnologias geradas principalmente pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas) cujo caráter pioneiro, vale salientar, pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e algumas companhias estatais, universidades e setor privado, este último, representado pelo Fundecitrus (Fundo de Desenvolvimento da Citricultura); 4. O agricultor capaz e empreendedor, comprometido com as políticas de desenvolvimento do País. Outros fatores indiretos relacionados ao mercado poderiam ser considerados importantes como a crise da indústria do café durante os anos vinte, que induziu os citricultores especialmente do Estado de São Paulo a diversificarem seus cultivos e as geadas sucessivas que aconteceram na Flórida principalmente nos anos 80, que incrementaram tremendamente as importações de suco concentrado congelado de laranja, estimulando a estruturação de um parque industrial com elevada condição de competitividade. Todas essas condições favoráveis, apoiadas pelos mercados externos e interno com alta capacidade de consumo, fizeram do Brasil o líder mundial no mercado de citros com 18% da produção mundial (Tabela 1).
Fonte: FAO (2003) Em 22 dos 27 estados brasileiros são cultivadas frutas cítricas e cerca de 99,0% da laranja total produzida é originada de dez estados: São Paulo, Bahia, Sergipe, Mina Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina, Goiás e Rio de Janeiro, situados nas regiões fisiográficas Sudeste, Nordeste, Sul, Norte, Centro Oeste. Região Nordeste A região Nordeste fica situada entre 2° e 18° latitude Sul e entre 35° e 50° longitude Oeste. O clima é superúmido quente (tropical), com as médias anuais de temperatura e precipitação variando de 20° a 28° C e de 300 para 2.000 mm, respectivamente. O número de horas de sol varia de 2.300 horas por ano, nas áreas úmidas, a 3.000 horas, nas áreas semi-áridas. A maior parte desta região fica situada no "Polígono das Secas" (abaixo de 750 mm) e compreende os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, ocupando 18,2% da superfície do território nacional.
Embora considerada a região mais pobre do Brasil, inclui o segundo e o terceiro produtor nacional de citros .
Fonte: IBGE (2003) |
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