O plantio deve ser feito no
período chuvoso de cada região ou em outra época, desde que exista
água suficiente para irrigar ou regar as mudas. Evitar sempre os dias
ensolarados e quentes, dando preferência aos nublados e de temperatura
mais amena, sem ventos.
A cova é preparada para o
plantio misturando-se a terra da camada superficial com a matéria
orgânica (vide ítem 10 – Adubação). A essa mistura acrescentam-se
500 g de superfosfato simples e 1 kg de calcário, ou de acordo com a
análise do solo. Esse material deve ser misturado à terra da
superfície, jogando-se a mistura no fundo da cova.
Procede-se o plantio
dispondo-se a muda de modo que seu colo fique um pouco acima do nível do
solo (mais ou menos 5 cm). Os espaços entre as raízes são cheios com
terra, permanecendo elas estendidas em posição semelhante à que tinham
no viveiro. Comprime-se a terra sobre as raízes e ao redor da planta. Em
seguida, faz-se uma "bacia" em torno da muda e rega-se com 10 a
20 litros de água, para finamente cobrir-se com palha, capim seco ou
maravalha. Tutorar a muda se houver incidência de ventos fortes.
As mudas de torrão ou
forradas na própria embalagem oferecem maior segurança, isto é,
apresentam índice de pegamento muito maior que as de raiz nua e requerem
menores cuidados no plantio.
Escolha
da área para instalação do pomar de citros em solos dos Tabuleiros
Costeiros do Nordeste do Brasil
Algumas propriedades do solo
como a acidez e os teores de nutrientes, problemas freqüentes nas áreas
onde estão os pomares de citros nos Tabuleiros Costeiros, geralmente
podem ser corrigidas para atingir uma situação adequada consumindo pouco
tempo e recursos financeiros. No entanto, alguns atributos do solo como a
sua profundidade efetiva, ocorrência de impedimentos a drenagem,
declividade da área, posição na encosta, ou ainda o estado atual de
manejo e conservação, apresentam maior grau de dificuldades, algumas
vezes de impossibilidade, para que sejam efetuadas as correções
necessárias para a instalação de um pomar de citros. Em função disto,
estes aspectos merecem maior atenção no momento da escolha da área.
Algumas recomendações
básicas, referentes à área, para a instalação de um pomar de citros
são:
-
Áreas com solos
argilosos e declividade maior que 18% ou com solos arenosos e
declividade maior que 15% não são adequadas para a instalação de
pomares cítricos. Essas áreas exigem práticas conservacionistas
que aumentam o custo de produção a níveis que os rendimentos da
cultura dificilmente podem suportar. Caso não sejam implantadas, em
tais áreas, as práticas conservacionistas recomendadas, o processo
de erosão destruirá o potencial produtivo do solo, com
conseqüências no tempo de vida útil e na produtividade do pomar.
-
A profundidade efetiva
mínima do solo deve ser de 1,00 a 1,20 m. Para verificar essa
profundidade deve-se observar se existem afloramentos de pedras,
lajes contínuas ou camadas de material endurecido a pouca
profundidade. É aconselhável retirar amostras de solo até a
profundidade de 1,20m, utilizando trado ou abrindo pequenas
trincheiras.
-
Observar se ocorrem
impedimentos à drenagem na área e se existe possibilidade de
encharcamento em algum período do ano. Verificar nas zonas mais
baixas da área se há formação de poças de água.
-
Verificar as
variações do lençol freático no perfil do solo ao longo do ano,
cavando trincheiras ou observando os poços e cisternas no período
de chuvas. As raízes dos citros não suportam encharcamento, mesmo
por poucos dias, sob pena de ocorrer o apodrecimento.
-
Nos solos dos
Tabuleiros Costeiros do Nordeste do Brasil, a presença de camadas
coesas subsuperficiais já é esperada; elas devem ser consideradas
como um fator que dificulta a eficiência do sistema de produção
e, como tal, deve ser superado. É necessário determinar a
profundidade e a espessura dessas camadas, para escolher entre as
técnicas disponíveis a mais adequada para resolver o problema.
Práticas como subsolagem, covas para plantio mais profundas que as
camadas coesas e coberturas vegetais com leguminosas e/ou gramíneas
na superfície do solo, podem concorrer para superar tais
limitações.
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Áreas com declive
maior que 3% exigem a localização de curvas de nível e que as
práticas mecânicas sejam realizadas acompanhando as mesmas. Quanto
maior o declive maior a necessidade de práticas conservacionistas
como cordões vegetais de contorno, capinas alternadas, terraços
etc.
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No estabelecimento do
pomar, as linhas de plantio (espaçamento menor) devem ficar
paralelas as curvas de nível, o que faz com que as entrelinhas
(espaçamento maior), onde são realizados os trabalhos mecânicos,
fiquem localizadas cortando o declive.
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Trabalhar o solo
sempre na umidade adequada, pois quando muito seco quebra
excessivamente os agregados, pulverizando o solo, e quando muito
úmido provoca compactação. Uma regra básica é nunca utilizar
implementos mecânicos no solo quando estes estiverem provocando
poeira ou o solo estiver grudando nas hastes e discos.
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Os solos devem ser
mantidos sempre com coberturas vegetais, material vivo ou palhada.
Priorizar o uso de roçadeira ao invés de grade.
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