Os sintomas de desequilíbrios nutricionais mais comumente observados na cultura da berinjela são os seguintes:
Nitrogênio: sua deficiência causa redução do crescimento das plantas, caule fino, flores e frutos mal formados e pequenos, clorose das folhas mais velhas. O excesso de nitrogênio favorece o crescimento vegetativo em detrimento da produção de frutos. Além disso, aumenta a suscetibilidade às doenças foliares e diminui a conservação pós-colheita dos frutos.
Potássio:sob deficiência deste nutriente ocorre clorose e posterior necrose nas bordas das folhas mais velhas, progredindo com o tempo para o centro do limbo. Não se conhece sintomas visíveis de toxidez de K, entretanto seu excesso induz deficiências de magnésio e cálcio. O potássio parece estar envolvido no processo de tolerância a doenças e favorece a qualidade dos frutos, que apresentam coloração mais acentuada, maior resistência ao transporte e maior conservação pós-colheita.
Fósforo: sua carência resulta em menor crescimento das plantas e as folhas adquirem coloração verde escura mais intensa que as folhas normais. Ocorrem queda de flores e drástica redução de produtividade, podendo inclusive não haver produção de frutos. Entretanto, deve-se atentar para a queda de flores e de frutinhos causadas por temperaturas baixas, as quais podem ainda originar frutos deformados e coloridos desigualmente. O excesso de P pode causar deficiências induzidas de micronutrientes, especialmente de zinco e cobre.
Cálcio: sob deficiência de Ca, as folhas novas não se desenvolvem adequadamente, ficando pequenas. Ocorre amarelecimento das bordas das folhas mais novas em direção à região internerval. O florescimento e a produção de frutos são severamente afetados. Nos frutos, o sintoma típico de deficiência de Ca é denominado “fundo preto”, podridão apical ou estilar. Toxidade deste nutriente ainda não foi relatada, entretanto, sabe-se que o excesso ocasiona desequilíbrios com outros nutrientes, especialmente o magnésio e o potássio.
Magnésio:sua deficiência ocasiona clorose internerval das folhas velhas.
Enxofre:Sua deficiência provoca clorose nas folhas novas e perda de brilho dos frutos.
Boro: plantas deficientes apresentam paralisação do crescimento. As folhas inferiores tornam-se coriáceas; as superiores quebradiças e amarelas e as folhas apicais pequenas, retorcidas. Ocorre morte da gema apical.O caule apresenta internódios curtos e fendas longitudinais. No inicio da produção, os botões florais secam e caem com facilidade. Os frutos apresentam exposição da placenta, sintoma denominado lóculo aberto.
Zinco: a carência provoca redução no crescimento das plantas. As folhas novas aparecem em pequeno número e não se desenvolvem bem, ficando pequenas, coriáceas, com formato de concha, sobressaindo as nervuras. Caule fino com internódios curtos. Ocorre acentuada queda de flores e poucas chegam a se abrir.
Cobre: plantas novas em pleno desenvolvimento interrompem o crescimento, apresentam encurtamento de internódios, folhas pequenas e enrugadas. Manchas cloróticas pequenas aparecem distribuídas por toda área do limbo das folhas superiores, incluindo as nervuras. Poucos botões florais e poucos frutos.
Ferro: a deficiência geralmente se manifesta nos estádios de pré-florescimento ou amadurecimento dos frutos, caracterizando-se por amarelecimento das folhas inferiores, que secam e persistem na planta. Folhas superiores apresentam manchas amarelas internervais por todo o limbo e florescimento normal.
Manganês: os sintomas iniciam-se nas flores que apresentam-se defeituosas, rompendo-se as pétalas. Caule pouco desenvolvido. Folhas superiores pequenas, de bordas ondeadas e franzidas, nervuras salientes e de coloração esbranquiçada, limbo enrugado e aveludado. Frutos pequenos e defeituosos.
Molibdênio: folhas superiores apresentam formato normal, porém com esmaecimento na coloração verde, formato irregular com saliências e reentrâncias no limbo.