Os alimentos funcionais situam-se no limite dos alimentos comuns e dos fármacos tradicionais, sendo definidos como alimentos que promovem algum efeito benéfico no organismo, retardando ou impedindo o aparecimento de doenças crônicas e, principalmente o envelhecimento. Termos como nutracêuticos, alimentos funcionais para a saúde, fitoquímicos, agentes chimopreventivos e antioxidantes são definidos por médicos, cientistas, industriais e entidades profissionais.
Por conter em sua composição substâncias terapêuticas, a berinjela tem sido citada por diversos autores como uma das culturas que pode ser classificada como alimento funcional (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1999).
Guimarães et al. (2000) avaliaram a redução dos níveis de colesterol no sangue após a ingestão de infusão preparada com o pó da berinjela. Dezenove Indivíduos hipercolesterolêmicos receberam a infusão e outros 19 receberam placebo. Não se observou diferença entre os tratamentos. Entretanto, na análise intraindividual, houve redução significativa dos níveis do colesterol LDL e de apolipoproteina B no sangue, o que indica tendência de redução dos níveis de colesterol no sangue.
Segundo Pastore (2005), a berinjela contém fenóis que atuam como antioxidantes. Apresentam atividade antiinflamatória, evitam a aglomeração das plaquetas sanguíneas e a ação de radicais livres no organismo, protegendo moléculas de DNA (responsáveis pelo código genético) e lipídeos, abortando assim os processos carcinogênicos.
Segundo Netzel et al. (2001), as antocianinas e proantocianinas, responsáveis pelo pigmento da berinjela, inibem a produção de radicais livres. As proantocianinas têm habilidade em se quelar aos metais tóxicos.
Os pesquisadores ainda não desvendaram totalmente como agem os princípios ativos da berinjela, mas acreditam que auxiliam a digestão, combatem o colesterol e inibem em parte a absorção intestinal de gorduras, contribuindo para a regulação do plasma sangüíneo (CARAMELLI et al., 2005; CUNHA, 2005; ASSIS, 2005).