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SumárioApresentaçãoIntrodução Construção de estufas Estrutura Substratos Preparo, plantio e manejo das mudas Manejo da irrigação Manejo da nutrição Controle de pragas Controle de doenças Custos de produção Referências Glossário Autores Expediente |
Controle de doençasBactériasNo cultivo protegido de morangueiro a única doença de importância é a mancha angular bacteriana (Xanthomonas fragariae) que afeta as folhas das plantas, especialmente nas épocas de alta umidade. É pouco freqüente nas estufas altas e se estabelece somente quando utilizadas mudas infectadas. O seu controle deve ser feito com a eliminação das plantas e tecidos doentes e aplicação geral de fungicidas cúpricos em doses baixas (50 a 70 g 100 L-1). FungosA maior parte das doenças do morangueiro, que ocorrem nas estufas, são causadas por fungos e o controle delas deve ser feito utilizando-se mudas sadias e monitorando-se a área de forma permanente para eliminar os primeiros focos. A murcha, o declínio, a podridão de raízes e a morte das plantas são causados pelos fungos Verticillium spp., Phythophtora spp., Fusarium spp., Pythium spp. e Rhizoctonia spp. Contudo, no morangueiro cutivado em sistema semi-hidropônico somente as espécies dos três últimos gêneros têm causado perda de plantas, principalmente logo após o plantio, no início do ciclo de produção e após a poda de folhas, feita no fim do verão. O controle dos patógenos é obtido com uso de mudas sadias e substrato isento de patógenos, com a eliminação das mudas doentes ou mortas e com a colonização do local de plantio com Trichoderma (5 g por cova). O tratamento de pasteurização do substrato pode ser feito com vapor de água da seguinte maneira: fazer leiras de, no máximo, 1 m de largura e 0,5 m de altura. Após umedecidas, deve-se cobrí-las com polietileno de 80 a 100 micras, transparente, e assim devem permanecer por, pelo menos dois meses, no verão. Outro método consiste em instalar canos perfurados no meio das leiras por onde circulará vapor, gerado por água aquecida em caldeira. Nos casos de infecção por Fusarium oxysporum, doença observada nas mudas importadas do Chile, as plantas em que se desenvolvem as estruturas do fungo murcham e apresentam podridão das raízes e das folhas basais. Isso permite a disseminação e o estabelecimento do patógeno na matéria orgânica do substrato, sua disseminação pelo ar e contaminação das plantas sadias da estufa. Nas manchas foliares, que ocorrem ocasionalmente nas estufas, destaca-se a infecção por Micospharella fragariae que causa manchas de cor púrpura, com margens indefinidas, que, após atingir tamanho maior, apresenta o centro de cor cinza. Para seu controle recomenda-se: utilizar cultivares resistentes, retirar as folhas com sintomas e aplicar fungicidas, se necessário (Quadro 1), no foco da doença. Quadro 1. Fungicidas utilizados para controle de doenças do morangueiro (2005-2006)*. Quadro 1. Inseticidas e acaricidas recomendados para o controle de pragas do morangueiro.
*Fonte: www.agricultura.gov.br/Agrofit. 14/03/2006. A antracnose, causada por Colletotrichum fragariae, afeta os pecíolos e folíolos; provoca o murchamento, a morte de folhas e raízes e a podridão de frutos. É localizada nas estufas e ocorre somente se as mudas utilizadas apresentem a colonização pelo patógeno. Seu controle é feito retirando-se as folhas ou plantas doentes, e, se necessário, aplicando fungicidas cúpricos ou outros recomendados (Quadro 3) no foco da doença. O oídio do morangueiro é uma das doenças mais graves nas estufas e seu agente causal é Sphaerotheca maculata f. sp. fragariae. A doença causa perda da área foliar, de flores e de fruta (Fig. 1 e 2). Foto: Rosa Maria Valdebenito Sanhueza
![]() Figura 1. Oídio em folhas de morangueiro. Foto: Rosa Maria Valdebenito Sanhueza
![]() Figura 2. Oídio em frutos de morangueiro. Os tecidos afetados apresentam um crescimento branco pulverulento e curvam-se na forma de colher e, a seguir, ocorre necrose e morte da área infectada. O patógeno causa a morte de flores e frutinhos e nos frutos maiores, paralisa o crescimento dos tecidos colonizados. Os sinais constatados são constituídos pelo crescimento de estruturas brancas sobre os morangos (Fig. 2). O patógeno inicia diretamente a infecção nos tecidos sadios e somente sobrevive nas folhas velhas e restos da cultura infectada. Os conídios são produzidos em grande quantidade e se disseminam pelo ar. Clima seco e temperaturas entre 15 a 30°C favorecem o alastramento da doença. O controle deve ser feito utilizando-se mudas sadias, monitorando-se a área, permanentemente, para eliminar os primeiros focos da doença e fazendo-se aplicações, nesse local, de calda sulfocálcica 32°Bé na concentração de 1 a 2%. O uso semanal de leite, na concentração de até 3%, favorece o desenvolvimento de antagonistas na cultura e pode ser feito, rotineiramente, a partir dos 60 dias de cultivo. A cultivar que tem mostrado maior suscetibilidade nas estufas da Serra Gaúcha, é a Aromas. O controle químico deve ser utilizado somente se as outras medidas, citadas acima, não apresentarem controle adequado, lembrando-se que a ocorrência de estirpes resistentes aos fungicidas de ação sistêmica ou mesmo sistêmica é freqüente nos ambientes controlados. A botritis ou mofo cinzento (Fig. 3 e 4) é a doença que causa mais perdas no morangueiro. É causada pelo fungo Botrytis cinerea que ataca folhas, flores e frutos e suas estruturas infectivas contaminam rapidamente o plantio. A infecção é mais grave quando: não são eliminados os tecidos danificados da cultura; sob condições de alta umidade e molhamento das plantas; temperaturas amenas e excesso de vigor. Para seu controle recomenda-se utilizar cultivares resistentes; retirar e destruir, semanalmente, as folhas, flores e frutos com sintomas; e, a partir do início da floração e até o final da colheita, proteger as plantas com pulverizações contendo o agente de controle biológico Gliocladium roseum (Sinn Clonostachys rosea), na concentração de 106 conídios por mL, desse fungo antagonista, ou com fungicidas, pulverizando, se necessário, no foco da doença. O tratamento com G. roseum é feito, semanalmente, em condições de pouca ocorrência da doença, ou a cada quatro dias, se esta já foi constatada. O produto está sob validação comercial e é produzido pela Embrapa Uva e Vinho. Foto: Rosa Maria Valdebenito Sanhueza
![]() Figura 3. Mofo cinzento (B. cinerea) em frutos de
morangueiro. Foto: Rosa Maria Valdebenito Sanhueza
![]() Figura 4. Mofo cinzento (B. cinerea) em frutos de
morangueiro. NematóidesHá três grupos de nematóides, citados em outros países, que podem atacar o morangueiro:
Meloidogine hapla é conhecido mundialmente como causador de galhas. A. besseyi vive como ectoparasito das folhas que se acham em desenvolvimento no broto, proliferando em temperaturas elevadas. A espécie P. vulnus provoca a redução do sistema radicular e da parte aérea da planta, simulando sintomas de deficiência de minerais. Controle: Medidas preventivas: obter mudas sadias. Mudas suspeitas devem ser eliminadas (queimadas) a fim de evitar a contaminação de aéreas sem nematóides. Desordens Fisiológicas
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