O início da colheita da mandioca depende de fatores como:
1) técnicos
-
ciclo das cultivares (precoces - 10-12
meses; semi-precoces – 14-16 meses; e tardias-18-20 meses);
-
ocorrências observadas ao longo do
ciclo de cada cultivar ou de cada gleba, como é o caso do ataque de
pragas ou doenças que podem antecipar ou retardar a colheita;
-
condições em que se encontram as diferentes
áreas de mandioca na ocasião da colheita, como o grau de infestação
de plantas daninhas e a recuperação das plantas, por exemplo, do ataque
de mandarovás e/ou de ácaros, já tendo ocorrido a reposição do amido
consumido na reconstituição da parte aérea danificada;
2) ambientais
3) econômicos
-
situação do mercado e dos preços dos
produtos;
-
disponibilidade de mão-de-obra e de
recursos de apoio, pois a colheita da mandioca é a operação do sistema
de produção que requer maior emprego do elemento humano, sendo mais
dificultada em solo endurecido, com cultivar ramificada e com maior
infestação de ervas daninhas. Estima-se que um homem colhe 600 a 800
kg de raízes de mandioca numa jornada de trabalho de oito horas, podendo
alcançar até 1000 kg se o mandiocal estiver em um solo mais arenoso,
limpo e com boa produção por planta;
-
premência de tempo, em casos como,
por exemplo, compromissos financeiros ou de âmbito contratual devem
ser satisfeitos dentro de época preestabelecida, apesar de não combinarem
com a época da colheita da mandioca.
As épocas mais indicadas para colher a
mandioca são aquelas em que as plantas se encontram em período de repouso,
ou seja, quando, pelas condições de clima (temperaturas mais baixas e
pouca chuva), elas já diminuíram o número e o tamanho das folhas e dos
lobos foliares, condição em que atinge o máximo de produção de raízes
com elevado teor de amido.
Embora já existam implementos motomecanizados
de fabricação nacional, a colheita da mandioca é primordialmente manual
e/ou com auxílio de implementos, tendo duas etapas:
1) poda das ramas, efetuada a uma altura
de 20 a 30 cm acima do nível do solo; e
2) arranquio das raízes, com a ajuda
de ferramentas, a depender das condições de umidade e/ou características
do solo.
Após o arranquio ou colheita das raízes,
estas devem ser amontoadas em pontos na área a fim de facilitar o recolhimento
pelo veículo transportador, devendo-se evitar que permaneçam no campo
por mais de 24 horas, para que não ocorra a deterioração fisiológica
e/ou bacteriológica. O carregamento das raízes do campo até ao local
do beneficiamento é feito por meio de cestos, caixas, sacos, grades
de madeira, animais, carroças e caminhões.
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