Cultivo
da Mandioca para o Estado do Amapá
|
||
Importância
econômica |
Doenças |
Podridão radicular A podridão radicular é um dos fatores limitante da produção de mandioca na Região Norte. A doença é particularmente importante nos ecossistemas da Várzea e Terra Firme dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá. Estima-se que, na Região Amazônica as perdas chegam a ser superiores a 50% na Várzea, podendo atingir até 30% na Terra Firme. Em alguns casos, têm-se observados prejuízos totais, principalmente em plantios conduzidos em áreas constituídas de solos adensados e sujeitos a constantes encharcamentos. Entre os agentes causadores da podridão radicular destacam-se, como mais importantes, Phytophthora sp e Fusarium sp, não somente pela abrangência geográfica, mas principalmente por ocasionarem severas perdas na produção. Entretanto, outros agentes causais com Diplodia sp, Sytalidium sp e Botriodiplodia sp podem, em muitas áreas favorecidas por um microclima, tornar-se patógenos potencialmente prejudiciais à cultura. Em se tratando de Phytophthora sp, alguns estudos mostram que a sua ocorrência é mais acentuada nos plantios de mandioca em áreas sujeitas a encharcamento, com textura argilosa e de pH neutro ou ligeiramente alcalino. No caso de Fusarium sp, acredita-se que sua sobrevivência está relacionada a solos ácidos e adensados. Os sintomas da podridão radicular são bastante distintos e dependem fundamentalmente dos agentes causais. Normalmente, Phytophthora sp ataca a cultura na fase adulta, causando podridões "moles", cuja característica é a presença de odores muito fortes, semelhante ao que se observa em matéria orgânica em decomposição; mostram uma coloração acizentada que se constitui dos micélios ou mesmos esporos do fungo nos tecidos afetados. O aparecimento de sintomas visíveis é mais freqüente em raízes que completaram a sua maturação fisiológica; entretanto, existem casos de manifestação de sintomas na base das hastes jovens ou em plantas recém-germinadas, resultando em murcha e morte total. No caso do Fusarium sp, os sintomas podem ocorrer em qualquer estádio do desenvolvimento da planta e raramente causam danos diretos às raízes. O ataque ocorre no colo da haste, junto ao solo, causando infecções e muitas vezes obstruindo totalmente os tecidos vasculares, impedindo a livre circulação da seiva e, conseqüentemente, provocando podridão indireta das raízes. Ao contrário de Phytophthora sp, os sintomas provocados nas raízes pelo ataque de Fusarium sp são caracterizados por uma podridão de consistência seca e sem o aparente distúrbio dos tecidos. Quanto às medidas de controle, envolvem
a integração do uso de variedades tolerantes, associadas a práticas
culturais como a rotação de culturas, manejo físico e químico do solo,
sistemas de cultivo e outras. Na Região Norte, trabalhos de pesquisa
executados nas várzeas mostraram que o uso de variedade tolerante, associado
à rotação de culturas e sistemas de plantio, possibilitou a redução
da podridão em cerca de 60%. As variedades consideradas tolerantes à
podridão radicular até então conhecidas e recomendadas para o estado
do Amapá são: Zolhudinha, Mãe Joana e Amazonas Embrapa 8. |
Copyright © 2003, Embrapa |