Embrapa Mandioca e Fruticultura
Sistemas de Produção, 2
ISSN 1678-8796 Versão eletrônica
Jan/2003
Cultivo da Mandioca para o Estado do Amapá
Pedro Luiz Pires de Mattos
Valéria Saldanha Bezerra

Início

Importância econômica
Clima
Solos
Adubação
Cultivares
Mudas e sementes
Plantio
Irrigação
Tratos culturais
Plantas daninhas
Doenças
Pragas
Uso de agrotóxicos
Colheita e pós-colheita
Mercado e comercialização
Coeficientes técnicos
Referências bibliográficas
Glossário


Expediente

Plantio

Época de plantio

A época de plantio adequada é importante para a produção da mandioca, principalmente pela sua relação com a presença de umidade no solo, necessária para brotação das manivas e enraizamento. A falta de umidade durante os primeiros meses após o plantio pode ocasionar sérias perdas na brotação e na produção, enquanto que o excesso, em solos mal drenados, favorece a podridão de raízes. A escolha adequada da época de plantio, portanto, também proporciona diminuição da incidência de pragas e doenças e da competição de ervas daninhas.

No Amapá o plantio é normalmente feito no final de dezembro ao início de fevereiro, quando a umidade e o calor tornam-se elementos essenciais para a brotação e enraizamento. No caso de plantios para atender a agroindústria, utiliza-se o mês de maio, sem problemas maiores devido a existência de ainda de umidade suficiente no solo.

É importante conectar a época de plantio com a disponibilidade de material de plantio (manivas), seja ele recém-colhido, o que é preferível, ou armazenado. Nos cultivos industriais de mandioca é necessário combinar as épocas de plantio com os ciclos das cultivares e com as épocas de colheita, visando garantir um fornecimento contínuo de matéria-prima para o processamento industrial.

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Espaçamento e plantio

No cultivo no "toco" realizado pela maioria dos agricultores do Amapá, de maneira geral, recomenda-se o espaçamento de 1,00 x 1,00 m, em fileiras simples. Nas áreas mecanizadas recomenda-se o espaçamento de 1,00 x 1,00 m, em fileiras simples, e 2,00 x 0,60 x 0,60 m, em fileiras duplas. O espaçamento em fileiras duplas oferece as seguintes vantagens: a) aumenta a produtividade; b) facilita a consorciação; c) permite a rotação de culturas na mesma área, pela alternância das fileiras; e, d) reduz a pressão de cultivo sobre o solo.

As manivas-semente, estacas ou rebolos podem ser plantadas nas posições: vertical, inclinada ou horizontal. A maneira mais adotada é a horizontal, porque facilita a colheita das raízes. Neste sistema, simplesmente colocam-se as manivas nas covas. As posições inclinada e vertical são menos utilizados porque as raízes aprofundam mais, dificultando a colheita.

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Consorciação

Não é utilizada no Amapá, muito embora sejam amplamente utilizados pelos pequenos produtores das regiões tropicais. Os sistemas de cultivo consorciados apresentam algumas vantagens sobre o monocultivo, principalmente por promover uma maior estabilidade da produção, melhor utilização da terra, melhor exploração de água e nutrientes, melhor utilização da força de trabalho, maior eficiência no controle de ervas e disponibilidade de mais de uma fonte alimentar.

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Sistema de plantio em fileiras duplas

  • Mandioca + feijão caupi

    O feijão é plantado intercalado às fileiras duplas de mandioca, no total de 03 linhas de caupi no espaçamento de 0,80 X 0,60 m, gastando-se 8 kg de sementes por hectare, com duas sementes por cova. Geralmente, as culturas são plantadas na mesma época, mas existem casos em que o feijão é plantado antes da mandioca, com intervalo de tempo que vai de 15 a 30 dias.

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