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Cultivo
da Mandioca para a Região dos Tabuleiros Costeiros | ||
Importância
econômica |
Tratos Culturais | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
As plantas daninhas concorrem com a cultura da mandioca, pelos fatores de produção, principalmente por água e nutrientes, diminuindo consideravelmente a produtividade da cultura. O grau dessa competição depende das espécies, da densidade populacional e, principalmente, do período que permanecem vegetando juntas, podendo causar perdas de até 90% na produtividade. Dentre os custos de produção, o mais elevado é o da mão-de-obra para o controle de plantas daninhas, demandando em média 50 % de toda aquela requerida no ano agrícola, devido ao crescimento inicial muito lento da mandioca, demorando para a cultura “fechar” e cobrir o solo, e representando 35 a 40 % do custo total de produção. A colheita manual quando realizada com a cultura no limpo apresenta-se, normalmente, com rendimentos da ordem de 1.000 a 1.500 kg/homem/dia; já se realizada com a cultura no mato, principalmente em áreas de Brachiaria decumbens, dificilmente este rendimento ultrapassará os 500 kg/homem/dia;
Para a elaboração de um programa de controle de plantas daninhas, participação no manejo integrado de pragas (MIP) e na redução da perda de solo e água por escoamento provocando erosão, é muito importante saber em que época ou período do ciclo da mandioca há maior competição do mato pelos fatores de crescimento. Para as condições dos tabuleiros costeiros esse período inicia-se dos 20 a 30 dias após o brotamento da cultura, extendendo-se até 150 dias após plantio, exigindo nessa fase do ciclo um período médio de 100 dias livre da interferência do mato. Esse conhecimento permite também ao produtor a racionalização dos recursos disponíveis e, conseqüentemente, redução dos custos de produção, evitando gastos com limpas desnecessárias.
Levantamentos realizados nos Estados de Minas Gerais e Bahia identificaram mais de duzentas espécies, representando mais de 100 gêneros pertencentes a mais de 40 famílias entre mono e dicotiledôneas. As de maior ocorrência foram Compositae, Gramineae, Leguminosae, Rubiaceae, Malvaceae, Euphorbiaceae, Convolvulaceae, Portulacaceae, Amaranthaceae, Commelinaceae, Cyperaceae e Molluginaceae. Cada região e ecossistema tem sua peculiaridade quanto às plantas daninhas predominantes, ainda que existam muitas delas comuns às diversas regiões mandioqueiras do Brasil. Na Tabela 3 são apresentadas as plantas daninhas de maior ocorrência na cultura da mandioca.
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