Embrapa Florestas
Sistemas de Produção, 6
ISSN 1678-8281 Versão Eletrônica
Out./2003
Cultivo da bracatinga

Paulo Ernani Ramalho Carvalho

Início

Apresentação
Taxonomia
Descrição da espécie
Biologia reprodutiva e fenologia
Ocorrência natural
Aspectos econômicos e ambientais
Aspectos ecológicos
Clima
Solos
Sementes
Produção de mudas
Características silviculturais
Melhoramento genético
Crescimento e produção
Principais pragas e doenças
Características da madeira
Produtos e utilizações
Espécies afins
Sistemas agroflorestais
Referências
Glossário

Expediente
Autores

Sementes


Colheita e beneficiamento

Os frutos são geralmente colhidos de árvores abatidas ou mais raramente, diretamente da árvore, quando iniciam a queda espontânea. Logo após a colheita, os frutos devem ser levados ao sol para secar e facilitar a abertura manual e a extração das sementes, que pode ser feita manual ou mecanicamente. A extração manual consiste em colocar os frutos em saco de aniagem e submetê-los a bateduras, com um cacetete. Posteriormente, separam-se as impurezas com o uso de peneira ou por meio de ventilação. Em 1 kg de frutos podem ser encontrados cerca de 130 g de sementes (Longhi, 1995).

Número de sementes por quilograma

Varia de 46.500 (Pásztor, 1962/1963) a 89.504 (Kuniyoshi, 1983).

Tratamento para superação da dormência

As sementes da bracatinga possuem dormência tegumentar, podendo ser superada em ambientes naturais pelo aquecimento solar, ou fogo (Roth, 1982). Fonseca (1982) verificou que a superação de dormência pode ser obtida com choque térmico em meio úmido. Essa condição ocorreria por ocasião da abertura de clareiras, ou após a passagem de fogo, o que propiciaria seu estabelecimento.

Para superação da dormência, para obtenção de mudas ou semeadura direta, são geralmente usados dois métodos: imersão em água quente a 80ºC, deixando-se esfriar até atingir a temperatura ambiente (por 18 horas). A proporção é de um volume de sementes para três de água (Souza Cruz, 1992); e imersão em ácido sulfúrico concentrado (93% de pureza) durante quatro minutos (Bianchetti, 1981).

Albrecht (1990) recomenda como novos tratamentos químicos pré-germinativos: ácido oxálico (14%), durante uma hora; ácido lático (comercial), durante uma e seis horas; ácido tartárico (14%), durante uma hora, e ácido clorídrico (50%), durante quinze minutos. A dormência da semente dessa espécie varia de acordo com a origem das mesmas. Sementes originárias de Santa Catarina apresentam menor grau de dormência em relação às do Paraná (Fonseca, 1982).

Longevidade e armazenamento

As sementes de bracatinga são de comportamento ortodoxo. Dois lotes de sementes de bracatinga de procedências distintas, com poder germinativo inicial de 90%, armazenadas em pequenos tamboretes de fibra, em câmara fria (3 a 5ºC e 86% de UR), aos doze anos, apresentaram germinação de 89% e 51%, respectivamente.

Germinação em laboratório

As melhores temperaturas para germinação em laboratório são 22 a 26ºC e os melhores substratos são: areia, vermiculita Nº 3, papel-toalha e papel mata-borrão verde e branco (Ramos & Bianchetti, 1984).


Todos os direitos reservados, conforme Lei nº 9.610

Topo da Página