Embrapa Florestas
Sistemas de Produção, 6
ISSN 1678-8281 Versão Eletrônica
Out./2003
Cultivo da bracatinga

Paulo Ernani Ramalho Carvalho

Início

Apresentação
Taxonomia
Descrição da espécie
Biologia reprodutiva e fenologia
Ocorrência natural
Aspectos econômicos e ambientais
Aspectos ecológicos
Clima
Solos
Sementes
Produção de mudas
Características silviculturais
Melhoramento genético
Crescimento e produção
Principais pragas e doenças
Características da madeira
Produtos e utilizações
Espécies afins
Sistemas agroflorestais
Referências
Glossário

Expediente
Autores

Sistemas agrofIorestais


Um dos sistemas agroflorestais mais tradicionais no Sul do Brasil, é o cultivo da bracatinga associada a culturas agrícolas no ano de implantação (Baggio et al., 1986; Embrapa, 1988a; Laurent et al., 1990; Baggio et al., 1992; Baggio, 1994; Carpanezzi, 1994).

Este sistema agroflorestal tradicional de cultivo é praticado há cerca de 90 anos nos arredores de Curitiba - PR (Hoehne, 1930; Martins, 1944). Em Biguaçu, no litoral de Santa Catarina, há cerca de 40 anos, a bracatinga participa de um sistema agroflorestal com mandioca (Embrapa, 1988a).

No sistema agroflorestal da bracatinga, a queima dos resíduos após a exploração é uma prática tradicional que objetiva limpar o terreno e facilitar a regeneração da floresta. No entanto, a queima implica na eliminação de subprodutos aproveitáveis, deterioração dos sítios e contaminação ambiental.

Baggio & Carpanezzi (1995) estudando cinco bracatingais da Região Metropolitana de Curitiba - PR, logo após a exploração por corte raso, estimaram a quantidade média de resíduos em 9,8 t/ha de lenha remanescente (peças com diâmetro superior a 3,0 cm, incluindo tocos), 15,1 t/ha de galhos e 15,9 t/ha de serapilheira.

Outro aspecto importante que atualmente está sendo estudado é a exportação de nutrientes pela lenha da bracatinga; esta representa ao menos 10,3% da renda bruta obtida por sua produção (Baggio & Carpanezzi, 1997). Segundo esses autores, a reposição dos fertilizantes é considerada, hoje, inviável do ponto de vista econômico; há necessidade de introduzir mudanças profundas nas práticas do sistema, no sentido de permitir equilibrar o balanço de nutrientes.

A espécie é usada para sombra de cafezais na Guatemala, desde 1940 (Standley & Steyermark, 1946); na Costa Rica, desde 1983 (Picado, 1985; Centro-... , 1990) e no México, desde 1984 (Sampieri, 1988; Angel Musálem, 1995), com comportamento satisfatório.

No Sul do Brasil, principalmente nos campos, é também utilizada como proteção contra ventos (Souza Cruz, 1992). É usada também em cercas-vivas.

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