Embrapa Florestas
Sistemas de Produção, 6
ISSN 1678-8281 Versão Eletrônica
Out./2003
Cultivo da bracatinga

Paulo Ernani Ramalho Carvalho

Início

Apresentação
Taxonomia
Descrição da espécie
Biologia reprodutiva e fenologia
Ocorrência natural
Aspectos econômicos e ambientais
Aspectos ecológicos
Clima
Solos
Sementes
Produção de mudas
Características silviculturais
Melhoramento genético
Crescimento e produção
Principais pragas e doenças
Características da madeira
Produtos e utilizações
Espécies afins
Sistemas agroflorestais
Referências
Glossário

Expediente
Autores

Produção de mudas


Semeadura

Recomenda-se semear três a quatro sementes de bracatinga em sacos de polietileno de dimensões mínimas de 14 cm de altura e 6 cm de diâmetro ou em tubetes de polipropileno pequeno, ou por semeadura direta, utilizando-se três a cinco sementes por cova, no campo, selecionando-se a muda mais vigorosa seis meses depois. Essa espécie também pode ser semeada diretamente no campo, com a plantadeira "matraca" provida de um sistema de gavetas, usando sementes armazenadas em câmara fria (3 a 5ºC e 86% de umidade relativa) por nove meses, sem tratamento de quebra de dormência (Zanon, 1988). A
repicagem das mudas, quando necessária, deve ser feita uma a duas semanas após a germinação. O sistema radicial dessa espécie é superficial.

Germinação

Epígea, com início entre cinco a 30 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto (até 90%). As mudas demoram cerca de três meses após a semeadura, para o plantio.

Cuidados especiais

A semeadura direta no campo é fácil e rápida, sendo a modalidade dominante. Todavia, em comparação com mudas produzidas em recipientes, a sobrevivência inicial é muito afetada pelos veranicos, e mudas de bracatinga produzidas em
tubetes constituem a principal opção para substituir a semeadura direta em terrenos íngremes (Carpanezzi & Carpanezzi, 1992). Mudas de raiz nua não vingam com facilidade nos transplantes (Maixner & Ferreira, 1976).

Associação simbiótica

Ela associa-se, de modo promíscuo, com Rhizobium, formando nódulos coralóides, com distribuição homogênea e com atividade da nitrogenase, indicando a fixação de nitrogênio atmosférico (Faria et al., 1984a; Gaiad & Carpanezzi, 1984). Recomenda-se a inoculação com estirpes isoladas, já disponíveis, quando a bracatinga for plantada fora da área de ocorrência natural ou dentro dela, em terrenos anteriormente sem bracatinga. Apresenta, também, fungos micorrízicos arbusculares (Embrapa, 1988).


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