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Cultivo
da Mandioca para a Região do Cerrado | ||
Importância
econômica |
Adubação | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Adubação
nitrogenada, adubação fosfatada e potássica |
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Adubação nitrogenada, adubação fosfatada e potássica | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
a) adubação nitrogenada
b) adubação fosfatada e potássica
Para a cultura da mandioca recomenda-se a adubação no sulco de plantio conforme a Tabela 3. Nessa recomendação não está prevista a adubação corretiva e utiliza-se, portanto, uma adubação de manutenção maior no sulco de plantio. O superfosfato simples e o superfosfato triplo são os adubos fosfatados mais utilizados, sendo que o superfosfato simples tem a vantagem de conter também cerca de 12% de enxofre na sua composição, nutriente que será fornecido juntamente com o fósforo. Para adubação potássica utiliza-se o cloreto de potássio. Normalmente utilizam-se formulações que contêm o fósforo e o potássio para suprimento desses nutrientes, ajustando-se o volume aplicado para que forneça os nutrientes em quantidades próximas às recomendadas.
Um aspecto importante para a nutrição da mandioca é a contribuição da micorriza arbuscular na eficiência de práticas agronômicas como a calagem e adubação, principalmente da adubação fosfatada. A micorriza é uma associação simbiótica natural entre fungos micorrízicos do solo e as raízes das plantas. O efeito benéfico da micorriza arbuscular ocorre particularmente nas plantas que apresentam um sistema radicular reduzido e pouco ramificado, como a mandioca. As hifas externas do fungo podem estender-se no solo, funcionando como um sistema radicular adicional, e absorver nutrientes de um volume maior de solo, transferindo-os para as raízes colonizadas. Isso é especialmente importante para a absorção de nutrientes com baixa mobilidade no solo, como o fósforo. A mandioca é altamente dependente da micorriza arbuscular e apresenta alta colonização radicular por fungos micorrízicos arbusculares nativos, como por exemplo a espécie Glomus manihotis, que se desenvolve melhor em solos ácidos. A aparente baixa necessidade em fósforo da mandioca cultivada em campo pode ser devido à contribuição da micorriza na maior absorção desse nutriente. Quando
presentes no solo e na planta, os fungos micorrízicos arbusculares alteram
a resposta da mandioca à calagem e adubação fosfatada, aumentando a
eficiência desses insumos no crescimento das plantas. Esses fungos ocorrem
naturalmente nos solos e têm sido demonstrado que a rotação de culturas
favorece a sua multiplicação e estimula a formação da micorriza. Culturas
anuais como feijão, milho e adubos verdes (mucuna, crotalárias, feijão-de-porco,
guandu, girassol, milheto, mamona), assim como forrageiras (estilosantes,
andropogon, braquiária), apresentam elevado grau de dependência micorrízica;
quando utilizadas em um sistema de rotação elas aumentam a população
dos fungos micorrízicos arbusculares e beneficiam os cultivos subseqüentes.
Desse modo, o cultivo da mandioca de forma consorciada ou em rotação
poderá aumentar a população de fungos micorrízicos arbusculares e, conseqüentemente,
a eficiência dos insumos utilizados para correção da acidez e da fertilidade
do solo. |
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Conservação do solo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Primeiramente, deve-se fazer a análise do solo, para aplicar o calcário e os adubos de acordo com as recomendações para a cultura, o que permitirá melhor e mais rápido desenvolvimento das plantas. O preparo do solo e o plantio devem ser feitos em nível (“cortando” as águas). Se o solo necessitar ficar algum tempo sem cultura nenhuma, aguardando a época de plantio mais adequada, por exemplo, recomenda-se o semeio, nesse período, de alguma leguminosa como adubação verde, para incorporar matéria orgânica e nutrientes e melhorar a estrutura do solo. Para evitar ou reduzir o esgotamento dos nutrientes do solo, deve-se proceder a rotação da mandioca com outras culturas, principalmente com leguminosas, como também, quando a mandioca for plantada no sistema de fileiras duplas, utilizar a prática de consórcio com culturas adequadamente como feijão, milho, amendoim etc., pois dessa forma ocorrerá uma melhor cobertura do solo. Em áreas inclinadas, o consórcio é recomendável para melhorar a cobertura do solo e evitar os efeitos erosivos das chuvas e enxurradas; o plantio de mandioca + milho é mais eficiente do que mandioca + feijão ou mandioca + algodão na proteção contra a erosão. Pode-se também optar pelo plantio em leirão ou camalhões e em nível, pelo excelente controle da erosão que proporciona. Outras práticas conservacionistas recomendadas em áreas inclinadas são as seguintes: a) combinar faixas de plantio de mandioca com faixas de outras culturas (milho, feijão, amendoim etc.), ajudando a melhorar a cobertura do solo e a protegê-lo contra a erosão; b) enleirar em nível os restos culturais, auxiliando a conter as águas e a reduzir os riscos de erosão; c) sempre que houver disponibilidade de resíduos vegetais, cobrir o solo com vegetação morta, que protege o solo contra a erosão, incorpora matéria orgânica e conserva por mais tempo a umidade do solo; d) usar capinas alternadas, ou seja, capinar uma linha de mandioca e deixar a seguinte sem capinar, até chegar-se ao final da área, para que o solo não fique descoberto e desprotegido contra o escoamento das águas; depois de uma ou duas semanas, retorna-se capinando aquelas linhas que ficaram para trás; e e) utilizar plantas de crescimento denso, como o capim vetiver, por exemplo, para formar linhas de vegetação cerrada que quebram a velocidade das águas, quando implantadas em curvas de nível no meio do plantio da mandioca. As
práticas conservacionistas mencionadas (preparo do solo e plantio em
nível, rotação e consorciação, culturas em faixas e em nível, enleiramento
em nível dos restos culturais, capinas alternadas etc.) são eficientes
por si só em áreas com declividade de até 3%. Daí em diante, além de
tais medidas, deve-se recorrer às práticas mecânicas de conservação
do solo (terraços e canais escoadouros), que são mais onerosas que as
anteriores e, por isso, somente utilizadas em condições extremas de
riscos de erosão. |
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