Raspa de raízes de mandioca
As
raízes da mandioca destacam-se como fonte de energia, que é o componente
quantitativamente mais importante das rações alimentícias para diferentes
espécies de animais. Apresentam quantidades mínimas de proteína, vitaminas,
minerais e fibra e são bem aceitas pelos animais.
A
concentração de energia útil na mandioca e seus derivados é afetada
pela umidade. A raiz de mandioca quando fresca, apresenta menos de
1.500 kcal de energia metabolizável por quilo de massa fresca; quando
desidratada, varia de 3.200 a 3.600 kcal
A
desidratação é um processo importante para conservar a qualidade das
raízes depois de colhidas, facilita seu uso na composição de alimentos,
eleva a concentração de nutrientes e facilita a conservação dos alimentos,
além de ser um dos métodos mais eficientes na redução da toxicidade.
O
processo de produção consiste basicamente, logo após a colheita, no
corte das raízes e exposição ao sol. A produção de raspa deve ocorrer
no período adequado à colheita, quando as condições climáticas são
favoráveis (boa insolação, alta temperatura e baixa umidade relativa).
de
energia metabolizável, nível adequado para a maioria dos animais de
todas as idades.
Lavagem
das raízes
As
raízes devem ser lavadas para eliminar a terra e outros elementos
estranhos aderidos a elas, especialmente quando são processadas sem
a retirada da casca (película externa e córtex). A lavagem adequada
permite obter materiais com boa qualidade, quanto ao conteúdo de resíduos.
Corte
das raízes
As
raízes devem ser divididas em pequenos pedaços, usando maquinário
apropriado, para acelerar o processo de secagem, facilitar o armazenamento,
a sua conservação e uso na preparação de rações alimentícias.
Desidratação das raízes
É
a operação mais importante no processo de preparação de raspas, devido
à necessidade de baixar o teor de umidade de 60-70% nas raízes para
10-14% nas raspas.
Nos
sistemas tradicionais de secagem, os pedaços das raízes são espalhados
uniformemente em uma área cimentada, lona plástica ou bandejas com
fundo de tela, em camadas que proporcionem no máximo uma carga de
15 quilogramas por metro quadrado. Para acelerar o processo, o material
deve ser revolvido com um ancinho ou rodo de madeira, no sentido do
maior comprimento, a cada duas horas no primeiro dia. À noite, junta-se
e protege-se o material com uma lona plástica ou similar.
Rendimento
O
índice de eficiência na produção de raspa de raízes de mandioca situa-se
de 30-40%, isto é, para cada 1.000 quilogramas de raízes são produzidos
de 300 a 400 quilogramas de raspa, dependendo da variedade, idade
da planta , umidade inicial, densidade e condições climáticas.
Armazenamento
O
armazenamento da raspa seca pode ser feito à granel ou em sacos de
aniagem ou ráfia, com capacidade de 30 a 40 quilogramas, tendo o cuidado
de compactar bem o produto e colocá-lo em local com boa ventilação,
alta temperatura, baixa umidade relativa e protegido da chuva. Para
evitar o desenvolvimento de bactérias e fungos, que ocasionam transtornos
nutricionais e sanitários, o material armazenado deve estar desidratado
de forma homogênea, com umidade que não exceda 14%.
Utilização
As
experiências têm demonstrado que a raspa de raízes de mandioca pode
ser incluída na formulação de rações para animais domésticos, em substituição
parcial ou total dos cereais (milho, trigo, cevada etc.), graças ao
seu valor energético e à sua palatabilidade.
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Feno da parte aérea da mandioca
A
parte aérea da mandioca é constituída pelas hastes principais , galhos
e folhas, em proporções variáveis. É um produto que apresenta um potencial
protéico de muita importância, sendo também rico em vitaminas, especialmente
A, C e do complexo B; o conteúdo de minerais é relativamente alto,
especialmente cálcio e ferro. Esse material pode ser submetido a diferentes
processos para obtenção de produtos destinados a alimentação animal.
Quando
a folhagem se destina a produção de feno para monogástricos (aves,
suínos e cavalos), deve-se utilizar as partes mais tenras (hastes
novas e folhas). No caso da alimentação de ruminantes (bovinos, caprinos
e ovinos) esta seleção não precisa ser tão criteriosa, podendo-se
utilizar também as manivas.
A
alternativa de desidratar a folhagem abre novas possibilidades para
o uso da parte aérea da mandioca na alimentação de animais, de onde
se pode obter um feno que oferece numerosas vantagens, podendo ser
usado diretamente ou em mistura com outros componentes da ração.
Produção de feno
A
fenação é um processo de conservação de forragens, que, além de manter
as qualidades do material após a colheita, facilita seu uso na fabricação
de alimentos, eleva a concentração de nutrientes e elimina a maior
parte do ácido cianídrico, reduzindo-o a níveis seguros para a alimentação
animal.
O
processo de produção consiste basicamente em, logo após a colheita
das ramas, preferencialmente as partes mais tenras (terço superior),
triturar-se o material e expor ao sol, quando as condições climáticas
são favoráveis (boa insolação, alta temperatura e baixa umidade relativa).
A parte basal, por ser bastante lenhosa, possui muita fibra e poucos
nutrientes, além do risco de, mesmo após a trituração, apresentar
lascas que podem provocar perfurações no estômago dos animais.
Corte das ramas
As
ramas devem ser trituradas em pequenos pedaços, usando maquinário
apropriado (máquina de picar forragem, moto-forrageira etc.), para
acelerar o processo de secagem, facilitar o armazenamento, a sua conservação
e o uso na preparação de rações.
Desidratação das ramas
É
a operação mais importante no processo de produção de feno, devido
à necessidade de baixar o teor de umidade de 65-80% nas ramas para
10-14% no feno.
Nos
sistemas tradicionais de secagem, o material picado é espalhado uniformemente
em uma área cimentada, lona plástica ou bandejas com fundo de tela.
Para acelerar o processo, o material deve ser revolvido com ancinho
ou rodo de madeira, no sentido do maior comprimento, a cada trinta
minutos, permitindo uma secagem mais uniforme e rápida. A depender
da insolação, ao final de quatro horas o material está em condições
de ser armazenado.
Rendimento
A
taxa de eficiência na produção de feno da parte aérea da mandioca
situa-se entre 20-30%, isto é, para cada 1.000 quilogramas de ramas
são produzidos de 200-300 quilogramas de feno, dependendo da variedade,
idade da planta, umidade inicial, densidade e condições climáticas
Armazenamento
O
armazenamento do feno pode ser feito em sacos de aniagem ou ráfia,
tendo o cuidado de colocá-los em local com boa ventilação, alta temperatura,
baixa umidade relativa e protegido da chuva . Para evitar fermentações
indesejáveis e conseqüente deterioração do produto, o material armazenado
não deve apresentar umidade superior a 14%.
Utilização
As
experiências têm demonstrado que as ramas de mandioca podem ser incluídas
na formulação de rações para animais domésticos, especialmente ruminantes
(bovinos, caprinos e ovinos), em substituição parcial ou total dos
cereais (milho, trigo e cevada), graças ao seu valor nutritivo.
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