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Cultivo
da Mandioca para a Região do Cerrado | ||
Importância
econômica |
Cultivares |
Para consumo humano, a principal característica é que as cultivares apresentem menos de 100 ppm ou 100 mg de ácido cianídrico (HCN) por quilograma de raízes. O teor de HCN varia com a cultivar, com o ambiente e com o estado fisiológico da planta, e é um fator decisivo na escolha da cultivar de aipim. Outros caracteres de natureza qualitativa também são importantes, como é o caso do tempo de cozimento das raízes, que também varia de acordo com a cultivar, condições ambientais e estado fisiológico da planta. É comum variedades de aipim ou macaxeira passarem um determinado tempo de seu ciclo “sem cozinhar”, o que é um fator crítico para o mercado in natura. Outras características referentes à qualidade, tais como ausência de fibras na massa cozida, resistência à deterioração pós-colheita, facilidade de descascamento das raízes e raízes bem conformadas são também importantes para o mercado consumidor de mandioca para mesa e devem ser consideradas na escolha da cultivar. Cultivares de mandioca para mesa em geral devem apresentar um ciclo mais curto (8 a 14 meses) para manter a qualidade do produto final. Como o teor de HCN nas raízes é liberado durante o processamento, na indústria podem ser utilizadas tanto cultivares de mandioca mansas como bravas. A mandioca industrializada pode dar origem a inúmeros produtos e subprodutos, dentre os quais se destacam a farinha e a fécula, também chamada de amido, tapioca ou goma. Nesse caso, as cultivares devem apresentar alta produção e qualidade do amido e da farinha. Além disso, é importante que as cultivares apresentem raízes com polpa de coloração branca ou amarela, córtex branco, ausência de cintas nas raízes, película fina e raízes grossas e bem conformadas, o que facilita o descascamento e garante a qualidade do produto final. Toda a planta da mandioca pode ser usada na alimentação de vários animais domésticos, como bovinos, aves e suínos. As raízes são fontes de carboidratos; a parte aérea fornece carboidratos e proteínas, estas últimas concentradas nas folhas. Para a alimentação animal, o ideal é que as cultivares apresentem alta produtividade de raízes, de matéria seca e de parte aérea, com boa retenção foliar e altos teores de proteínas nas folhas. O teor de ácido cianídrico deve ser baixo, tanto nas folhas como nas raízes, para evitar intoxicação dos animais. As cultivares de mandioca apresentam adaptação específica a determinadas regiões e dificilmente uma mesma cultivar comporta-se de forma semelhante em todos os ecossistemas. Um dos motivos para isso é o grande número de pragas e doenças que afetam o cultivo, restritas a determinados ambientes. Isso justifica, em parte, a grande diversidade de cultivares utilizadas pelos agricultores de mandioca do Brasil. Na
maior parte da Região dos Cerrados predomina o clima Aw, ou seja, quente
e úmido com seis meses de inverno seco. Nessas condições os principais
problemas que afetam a cultura da mandioca são a bacteriose (doença),
os ácaros e o percevejo-de-renda (pragas). Algumas cultivares têm sido
recomendadas para a região (Tabela 5). Além dessas cultivares, agricultores
da região cultivam outras com bons resultados: Vassourinha, Gostosa,
Amarelinha, Engana Ladrão, Sergipe, Manteiga, Mandioca Pão e Cacau (Minas
Gerais); Fitinha, Amarelinha, Olho Junto, Espeto e Fécula Branca (Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul); e Cacau, Vassourinha, Pão da China, Amarelinha,
IAC 576-70, Canela de Urubu, Buritis, Americana, Japonezinha e Pioneira
(Goiás e Distrito Federal). |
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