Sistema de Produção de Vinho Moscatel Espumante

Luiz Antenor Rizzon
Júlio Meneguzzo
André Miguel Gasparin

O vinho Moscatel Espumante e a legislação brasileira

Os padrões de identidade e qualidade estabelecidos para vinho Moscatel espumante, pela legislação brasileira, são indicados na Tabela 1.

Tabela 1. Padrões de identidade e qualidade do vinho Moscatel espumante brasileiro.

Padrões Mínimo Máximo
Teor alcoólico (% v/v) 7,0 10,0
Acidez volátil (meq/L) - 20,0
Acidez total (meq/L) 55,0 130,0
Extrato seco reduzido (g/L) 14,0 -
Relação álcool em peso/extrato seco reduzido - 6,7
Cinzas (g/L) 1,0 -
Dióxido de carbono (atm a 20°C) 3,0 -
Dióxido de enxofre total (mg/L) - 350,0
Sulfatos totais (g/L em sulfato de K) - 1,0
Cloretos totais (g/L em cloreto de Na) - 0,2
Álcool metílico (mg/L) - 350,0
Ácido sórbico (mg/L) - 200,0

Fonte: Ministério da Agricultura (1974).

O aspecto que diferencia o vinho Moscatel espumante dos demais vinhos brancos é a presença de espuma, a qual é conseqüência da rápida liberação do dióxido de carbono presente no vinho em quantidade elevada. A garrafa se encontra sob pressão de no mínimo três atmosferas a 20°C. O dióxido de carbono é formado na fermentação alcoólica do vinho.

Com exceção do teor alcoólico e do dióxido de carbono, os limites estabelecidos para o vinho Moscatel espumante são os mesmos do vinho branco de mesa. A legislação brasileira permite a utilização de açúcar sem limite máximo estabelecido. No caso do vinho moscatel espumante Asti, na Itália, o teor máximo de açúcar permitido é de 35 g/L, o que equivale a 2% v/v de álcool.

Com relação à acidez total, muitas vezes a uva Moscato Branco da Serra Gaúcha apresenta acidez elevada, próxima ao valor máximo estabelecido pela legislação brasileira.

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