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Sistema de Produção de Pêssego de Mesa na Região da Serra Gaúcha |
Início Clima Cultivares Obtenção e plantio da muda Preparo do solo, calagem e adubação Condução,poda e raleio Principais Pragas Doenças fúngicas e bacterianas do pessegueiro Doenças virais do pessegueiro Doenças causadas por nematóides na cultura do pessegueiro Cuidados na aplicação de agrotóxicos Tecnologia de aplicação de agrotóxicos Manejo e pós-colheita de pêssegos Custos e rentabilidade Referências Glossário Expediente Autores |
A obtenção de frutas de qualidade é um objetivo constantemente estabelecido pelo produtor, já que está diretamente relacionado à rentabilidade do pomar. O manejo da planta, com ênfase na poda e no raleio, é um dos fatores que contribuem de forma significativa para a colheita de frutas de qualidade superior, expressando assim o potencial de cada cultivar. Sistema de condução
Nos diversos países
produtores, o pessegueiro é conduzido em diferentes formas da copa.
Os principais são a condução em taça, em "Y", em líder central, bem
como suas variações que originam sistemas com características, vantagens
e desvantagens específicas.
O pessegueiro
é uma planta frutífera que necessita de podas anuais, para a produção
de bons frutos, bem como para a regularização da produção, pois produz
em ramos de ano, ou seja, ramos novos. Poda
de Formação: Visa
orientar a formação da copa para sustentar futuras produções, aproveitando
melhor o potencial de produção da planta. É executada desde o plantio
da muda até que a planta tome o tamanho e o formato desejável. Deve
ser realizada em um ou dois anos, para formação de um dos três tipos
de copa: taça aberta, "Y" e líder central, sendo a primeira
a mais utilizada.
A poda de formação do pessegueiro deve ser executada conforme segue:
Poda
de frutificação: Após
a entrada em frutificação, a planta deve ser podada com frequência,
em função do hábito de frutificação da espécie. O pessegueiro frutifica
em ramos novos, de um ano, e, anualmente, ramos novos devem ser emitidos
para serem os produtores no ciclo subsequente.
Os principais objetivos da poda de frutificação são:
A melhor época para a poda de frutificação é no inchamento das gemas, que ocorre logo após o inverno. Preferencialmente, a poda de frutificação, realizada nessa época, deve ser uma complementação da poda de outono, para evitar cortes severos nesse período, o que provoca brotações vigorosas e, por consequência, o desequilíbrio da planta. Se bem realizada a poda de outono, a poda de frutificação consiste em poucos cortes. A poda de frutificação deve ser realizada conforme segue: 1- Eliminação dos ramos
doentes, secos, quebrados, machucados, mal situados, próximos entre
si e ramos ladrões (ramos vigorosos, com orientação vertical para cima
ou para baixo do ramo) desponte de 1/4 do ramo (poda longa) 3- Seleção de ramos mistos de ano que permanecerão e deverão produzir na safra atual Devem ser evitados cortes de ramos grossos, pois isso pode desequilibrar a planta, prejudicando a sua capacidade produtiva. Em plantas adultas, não se deve despontar o ramo da ponta da pernada, para favorecer a brotação melhor distribuída, principalmente na região mediana da planta. Caso contrário, haverá crescimento dominante na parte superior da pernada, fazendo com que os ramos novos, que são produtivos, fiquem localizados predominantemente na periferia da copa. Poda de
outono:
A poda de outono serve para dar uma estrutura adequada à planta,
com ramos bem distribuídos em toda planta para que produza o máximo
com a melhor qualidade, e auxilia muito no estabelecimento do equilíbrio
entre vegetação e frutificação. Além disso, antecipa, com vantagens,
os cortes que seriam feitos no inverno, já que os cortes feitos nessa
época não resultam em brotações vigorosas, ao contrário do que ocorre
com a poda hibernal.
A poda de outono deve ser efetuada conforme segue: 1- Analisar o vigor da planta e a presença de ramos grossos (mais de 2 cm de diâmetro) 2- Retirar ramos "ladrões" (com crescimento vegetativo em excesso) 3- Retirar ramos doentes e em posição inadequada 4- Não podar os raminhos que frutificaram no ano anterior; esses devem ser podados no inverno, na poda de frutificação. Nos cortes feitos nessa época a brotação, na primavera, ocorre com menos vigor do que se forem feitos no inverno A proteção dos cortes com algum produto fungicida é uma prática importante contra a entrada de doenças que causam cancros e gomose. O produto para passar nos cortes pode ser uma pasta, a qual pode ser passada com um pincel, recobrindo toda parte cortada. Esta pasta pode ser feita com:
O cobre
não deve ser passado puro ou muito forte nas feridas, principalmente
nos ramos novos porque provoca exsudação e com isso haverá retirada
da pasta ou pode causar alguma fitotoxidez. Poda verde: Essa poda é feita na fase vegetativa da planta com o objetivo de melhorar a qualidade dos frutos e a produtividade das plantas. A poda verde é necessária para retirar brotos vigorosos voltados para o interior da copa, que causam sombreamento dos frutos e da planta, e ramos "ladrões", com o objetivo de aumentar a aeração e entrada de luz. Com essa poda procura-se manter uma produção nas camadas inferiores.
Poda
de renovação: Como o próprio
nome diz, consiste em renovar os ramos básicos das plantas já formadas
ou velhas, dando, a partir daí, uma conformação renovada. É feita
uma poda drástica no inverno, deixando apenas os ramos primários com
30 - 50 cm de comprimento. Após a poda, ocorrerão brotações, as quais
deverão ser conduzidas seguindo os padrões já estabelecidos.
O raleio de frutos na cultura do pessegueiro é uma das práticas mais
importantes para obter-se produção de frutos com boa qualidade e com
rentabilidade satisfatória. Em geral, a planta fixa muito mais frutos
do que o necessário para a produção com qualidade. Como os frutos competem
entre si e também com o crescimento vegetativo por água e nutrientes,
o desenvolvimento das plantas e dos frutos fica prejudicado com o excesso
de frutos.
A época de maior resposta ao raleio é o período compreendido entre a
floração até 30 dias após a queda das pétalas. Porém, quando os frutos
são raleados muito precocemente, pode haver gasto excessivo de mão-de-obra,
já que, neste período, há queda natural dos frutos. Por esta razão,
o raleio pode ser feito mais tardiamente. Recomenda-se fazer o raleio
quando os frutinhos atingirem de 1,5 a 2 cm de diâmetro, ou a partir
de 35 a 40 dias após a floração. Nesse momento, pode-se deixar a quantidade
desejada e definitiva de frutos por planta. |
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