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Glossário
Expediente Autores |
Doenças
causadas por nematóides na cultura do pessegueiro |
Os
nematóides fitoparasitas prejudicam as plantas devido à sua ação nociva
sobre o sistema radicular que, por sua vez, afeta a absorção e a translocação
de nutrientes, alterando a fisiologia e nutrição da planta. Esses organismos
também podem predispor a planta a doenças e a estresses ambientais,
ou mesmo, atuarem como vetores de outros patógenos.
Já foram
relatadas mais de 30 espécies de nematóides fitoparasitas em plantas
de pessegueiro, destacando-se como mais importantes, Meloidogyne
spp., Mesocriconema spp., Xiphinema spp. e Pratylenchus
spp. Esses nematóides podem reduzir o vigor e produção do pomar e, ocasionalmente,
em conjunto com outros fatores, causarem a morte da planta. Nos Estados
Unidos as perdas causadas por fitonematóides em pessegueiro foram estimadas
em 15%, nas condições brasileiras, até o presente momento, não se dispõe
de dados.
Nematóide
das galhas - Meloidogyne spp.
Nematóide anelado - Mesocriconema spp.
Outros nematóides
Os
nematóides do gênero Meloidogyne apresentam grande diversidade
de hospedeiros alternativos e ocorrem nas mais variadas regiões do globo,
causando prejuízos em diferentes culturas. As principais espécies prejudiciais
ao pessegueiro são: M. javanica, M. incoginta, M. arenaria
e M. hapla. Em levantamentos nematológicos realizados recentemente
em pomares de pessegueiros, detectou-se, em maior frequência, a ocorrência
das espécies M. javanica e M. incoginta no Rio Grande
do Sul, e M. incoginta, em Minas Gerais.
Sintomatologia:
O principal sintoma é a presença de galhas nas raízes da planta
(Figura 1). Estas galhas são malformações ou engrossamentos do sistema
radicular causadas pelo parasitismo do nematóide, funcionando como um
dreno de nutrientes em favor à nutrição do verme. As plantas afetadas
apresentam sinais de enfraquecimento, baixa produção, desfolhamento
precoce e declínio prematuro, podendo ocorrer, ocasionalmente, a morte
da planta, sendo os sintomas potencializados sob condições de seca.
Ciclo de
vida:
Inicialmente, juvenis de segundo estágio J2 de Meloidogyne
sp. penetram nas raízes do pessegueiro e estabelecem um sítio de alimentação
na região do cilindro central da raiz. Com o desenvolvimento do nematóide,
os J2 diferenciam-se em machos e fêmeas. Os machos, adultos, abandonam
a o sistema radicular, e, as fêmeas, permanecem no interior das raízes,
alimentando-se como endoparasitas sedentárias, até o final do seu ciclo,
induzindo a formação de galhas (Figura 1). Durante o desenvolvimento
da fêmea de Meloidogyne spp., são colocados aproximadamente,
500 ovos. Estes são depositados em uma matriz gelatinosa externa às
raízes, dos quais eclodem os J2, que reinfestam o sistema radicular
do pessegueiro. O ciclo de vida do nematóide das galhas é de aproximadamente
quatro semanas, podendo prolongar-se sob condições de temperatura mais
favoráveis. Temperaturas inferiores a 20 oC ou superiores
a 35 oC e condições de seca ou de encharcamento do solo afetam
o desenvolvimento e a sobrevivência do nematóide. Geralmente, o pessegueiro
sofre mais danos pelo nematóide em solos arenosos do que em solos de
textura mais fina.
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Fig. 1. Raízes de pessegueiro apresentando galhas causadas por Meloidogyne javanica em solo altamente infestado. (Foto C. B. Gomes) |
Controle: A principal medida
de controle constitui-se no plantio de mudas isentas de Meloidogyne
spp. Antes do plantio, é recomendável que se faça uma amostragem de
solo da área para análise nematológica em laboratório especializado.
No caso de detecção de nematóides prejudiciais ao pessegueiro, deve-se
proceder a rotação de culturas na área infestada por, no mínimo, dois
anos consecutivos, ou realizar a desinfestação do viveiro com um nematicida
anteriormente ao plantio. A produção de mudas em viveiro deve ser
realizada em locais isentos de nematóides, uma vez que plantas contaminadas
são importantes agentes de disseminação desse patógeno e de outras
doenças, podendo comprometer a sanidade do pomar futuramente.
A utilização de porta-enxertos resistentes ou tolerantes é uma
alternativa barata que pode ser adotada pelo agricultor quando detectada
a presença do nematóide no local de plantio. As cultivares mais utilizados
como porta-enxertos no sul do Brasil, 'Capdebosq' e 'Aldrig', são
materiais de baixo nível de resistência à Meloidogyne spp.
Os porta-enxertos 'Nemaguard', 'Nemared', 'Okinawa' são resistentes
ao nematóide das galhas, entretanto os dois primeiros apresentam problemas
de adaptação às condições climáticas
brasileiras. A cultivar 'Okinawa' produz grande percentagem de caroços
com dois embriões, porém este problema pode ser resolvido através
da propagação por estaquia. 'Flordaguard', material proveniente da
Flórida, Estados Unidos, apresenta características altamente desejáveis,
possuindo além de elevada resistência a nematóides, baixa exigência
em frio. Embora pouco conhecidos no Brasil, 'Myrabolan 29C' e 'Mariana
2426' são materiais provenientes de ameixeira que não apresentam problemas
de incompatibilidade com o pessegueiro, apresentando, ainda, tolerância
a solos mal drenados e imunidade às espécies do nematóide das galhas
de maior freqüência. Porém, ainda não há informações sobre o comportamento
destes dois porta-enxertos nas condições brasileiras.
A utilização da rotação de culturas, além de melhorar a estrutura
do solo, é uma boa opção para áreas altamente infestadas com nematóides,
seja para instalação de viveiros e novos pomares, seja para uso como
cultura intercalar ou em consorciação. O cultivo alternado de espécies
antagônicas de inverno e de verão por um período de pelo menos dois
anos pode permitir a reutilização da área onde foi detectada a presença
do nematóide. Para áreas infestadas com M. incognita e M.
javanica podem ser utilizadas, em rotações,as seguintes espécies:
mucuna-preta (Stizolobium aterrimum), mucuna-anã (Stizolobium
deeringianum), Crotalaria spp., aveia-preta (Avena strigosa),
aveia-branca (Avena sativa), nabo forrageiro (Raphanus sativus),
Digitaria decumbens cv. Pangola, Panicum maximum cv.
Guiné, grama-de-porco (Cynodon dactilon) e azevém (Lolium
multiflorum). Cultivares de milho como Hatã 2000, G600, C606,
PIONNER 3210 podem ser utilizadas em áreas infestadas com M. javanica.
Entretanto essa cultura não é recomendada para áreas infestadas com
M. incognita devido à sua alta suscetibilidade ao nematóide.
O controle químico de nematóides através do uso de nematicidas
é antieconômico e pouco eficiente, podendo causar, também, sérios
problemas à saúde humana e contaminar o meio ambiente. No Brasil,
ainda não se dispõe de nenhum nematicida registrado para a cultura
do pessegueiro. Isto se deve, principalmente, ao pouco interesse das
empresas pela cultura. Nos Estados Unidos, o único produto registrado
para aplicação em pré-plantio é o 1,3 dicloropropeno (1-3D-Telone
II), produto que controla os nematóides por aproximadamente dois anos.
Decorrido esse período, as populações de nematóides crescem rapidamente
e voltam a afetar as plantas.
Os nematóides anelados (Mesocriconema spp.) são comumente disseminados
e associados a muitas plantas hospedeiras. Esses nematóides são amplamente
distribuídos pelo mundo inteiro. Um dos nematóides anelados mais estudado
em pessegueiro é M. xenoplax. Altas populações dessa espécie
são freqüentemente encontrados em pomares de pessegueiro, afetando as
plantas. Mesocriconema xenoplax (Raski) Loof & DeGrisse é
comumente conhecido na literatura como Criconemella xenoplax
(Raski) Luc & Raski, entretanto outras sinonímias como Macrophostonia
xenoplax (Raski) DeGrisse & Loof, Criconemoides xenoplax
(Raski) tratam-se do mesmo organismo.
Em muitos países, a vida produtiva dos pessegueiros
vem sendo reduzida em decorrência da interação entre vários fatores
bióticos e abióticos que podem levar a planta à morte. Nos EUA, a morte
dessas plantas tem sido atribuída à uma doença complexa denominada Morte
Precoce do Pessegueiro, mais conhecida como Peach Tree Short Life (PTSL).
Dentre as várias causas desse problema, a presença do nematóide anelado,
M. xenoplax Luc & Rask é requerida para que ocorra a morte
de plantas. No Brasil, a ocorrência de M. xenoplax, associada
à morte precoce do pessegueiro, foi primeiramente relatada em São Paulo.
No Rio Grande do Sul, essa espécie está amplamente distribuída nos pomares
de pessegueiro. Através de estudos realizados no início da década de
90, na região Sul do Rio Grande do Sul, foi possível observar correlação
positiva entre populações desse nematóide e os sintomas de morte precoce
em pessegueiro. Detectou-se recentemente a morte precoce de ameixeiras
associada à presença do nematóide anelado e Meloidogyne javanica
no município de Pelotas-RS. Especula-se que a ocorrência de PTSL no
RS possa estar relacionada à abertura da economia do Brasil ao mercado
externo a partir dos anos 80, quando iniciou-se o processo de estagnação
da persicultura no estado, caracterizado pelo fechamento de várias indústrias,
descapitalização e empobrecimento dos agricultores. Portanto esse fato
refletiu marcadamente em uma baixa produtividade dos pomares, onde práticas
culturais como calagem e adubação aliadas ao manejo inadequado de pragas
e doenças levaram ao declínio dos pomares.
Ciclo
de vida: M. xenoplax
(Figura 2), alimenta-se das raízes da planta, como um ectoparasita,
em todas as fases de sua vida. A duração do seu ciclo de vida varia
de quatro a oito semanas, dependendo das condições ambientais e da planta
hospedeira. Sob temperatura de 24 oC, o ciclo de vida é de
30 dias. Entretanto, as populações desse nematóide também podem se reproduzir
no inverno, quando a temperatura do solo varia entre 7 e 13 oC.
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Fig. 2. Nematóide anelado (M. xenoplax) envolvido na morte precoce do pessegueiro. Foto C. B. Gomes |
Danos e Sintomatologia: M.
xenoplax é o nematóide mais amplamente disseminado na região produtora
de pêssego do Rio Grande do Sul. O parasitismo de raízes de pessegueiro
por esse organismo pode causar destruição, atrofiamento e morte das
raízes, interferindo, consequentemente, na dormência e capacidade
da planta em suportar estresses. Pomares de pessegueiro sob condições
adversas (déficit ou excesso hídrico, podas drásticas, baixo pH e
fertilidade do solo), associadas a altas populações de M. xenoplax
e mudanças bruscas de temperatura, agravam o problema, predispondo
as plantas à morte. Embora a ocorrência de PTSL no pessegueiro seja
também associada a injúrias causadas pela bactéria Pseudomonas
syringae, no Brasil a presença dessa bactéria ainda não foi associada
à morte de plantas.
O PTSL se manifesta em pessegueiros de idade variável, afetando
as plantas isoladamente ou em reboleira. Essa síndrome é caracterizada
por um colapso e morte das plantas no fim do inverno e início da primavera,
após drástica redução da temperatura. Os sintomas de morte precoce
em pessegueiro incluem desde a presença de ramos secos até a morte
completa da planta. Pode ser notado no final da dormência que as árvores
com problemas apresentam brotação e floração anormais, morte dos brotos,
ou mesmo brotação tardia na parte interna da copa e nos ramos mais
grossos (Figura 3) do pessegueiro.
As plantas afetadas com o PTSL são melhor reconhecidas no final
do inverno, quando as plantas sadias apresentam uma brotação mais
vigorosa. Observam-se nos ramos daquelas plantas que estão morrendo,
zonas alternadas de tecido sadio e escurecido que atinge a parte interna
do lenho. Durante a poda, ou quando esses ramos são cortados, sente-se
um odor semelhante a vinagre, sinal característico do PTSL. Nesse
estádio em que a planta está muito debilitada, pode-se verificar a
presença de perfurações nos ramos, associados ao ataque de coleópteros
Scolytus spp. Estudos sobre a avaliação de níveis populacionais
críticos do nematóide M. xenoplax no solo, mostraram
que populações iguais ou superiores a 1000 nematóides/100 cm3
de solo causaram sintomas de morte. Porém, em pomares bem conduzidos,
onde os sintomas de morte de plantas foram constatados, foram observadas
populações duas a três vezes maiores, evidenciando que os tipos de
práticas culturais e nutrição de plantas adotadas influenciaram na
manifestação da síndrome PTSL.
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Fig. 3. Planta aparentemente apresentando sintoma de morte precoce. (Foto: C. B. Gomes) |
Controle: De uma forma geral,
os principais cuidados devem ser tomados na instalação do pomar, após
análise nematológica do local para implantação das mudas. O uso de
mudas livres de nematóides é a medida mais importante para evitar
a introdução ou disseminação destes patógenos de um local para outro.
Caso seja detectada a presença de M. xenoplax no local de instalação
do viveiro, recomenda-se a substituição da área ou o emprego de rotação
de cultura com espécies não hospedeiras, por um período mínimo de
dois anos. Trabalhos realizados nos Estados Unidos mostraram que o
limiar de dano econômico para a cultura é de 50 M. xenoplax/100
cm3 de solo. Mantendo as populações do nematóide abaixo
desse nível, o prolongamento da vida dos pessegueiros e a manutenção
da produtividade podem ser assegurados.
A utilização de rotação de culturas com plantas mau hospedeiras
em áreas altamente infestadas é uma tática que pode levar à supressão
das populações de M. xenoplax. Nos EUA, culturas como trigo,
triticale, aveia, cevada e centeio, introduzidas em áreas infestadas
com M. xenoplax por três anos, em pré-plantio ao pessegueiro,
têm levado à redução da incidência de PTSL. No Brasil, várias culturas
de inverno e verão estão sendo testadas a campo pela Embrapa Clima
Temperado em esquemas de rotação e/ou sucessão para redução das populações
de Meloidogyne sp. e M. xenoplax, tendo-se em vista
a reutilização das áreas anteriormente infestadas com altas populações
destes nematóides. A escolha das plantas para uso em rotação depende
das espécies de nematóides ocorrentes no local, pois deve-se considerar
também a presença do gênero Meloidogyne e sua ampla gama de
hospedeiros. O uso de espécies vegetais para cobertura verde nos pomares,
deve ser utilizado com restrição devido a problemas de competição
das espécies introduzidas com o pessegueiro. Resultados de pesquisa
mostraram que o cultivo de trigo em um pomar com quatro anos de idade
não suprimiu M. xenoplax, além do mais, reduziu o crescimento
das plantas de pessegueiro devido, provavelmente, à competição por
água e/ou nutrientes. Entretanto em outro trabalho onde foram empregadas
as espécies Muhlenbergia schrebery e Plantago lancolata
nas entrelinhas, verificou-se que as plantas suprimiram o nematóide
e pareceram não competir com o pessegueiro.
O uso de porta-enxertos tolerantes e/ou resistentes é uma das
principais medidas de controle, entretanto, estudos nessa linha para
seleção de material tolerante a M. xenoplax ainda não são consistentes
para as condições brasileiras. As cultivares 'Nemaguard', 'Lovell'
e 'Flordaguard', apesar de permitirem a reprodução de M. xenoplax,
são tolerantes às altas populações do nematóide presentes no campo.
Entretanto, deve-se considerar que 'Lovell' é altamente suceptível
à Meloidogyne spp. e 'Nemaguard' apresenta problemas de adaptação
em solos arenosos. Por sua vez, 'Flordaguard' reúne várias características
favoráveis, como resistência ao nematóide das galhas, pouca exigência
em frio e tolerância ao cultivo em solos arenosos. 'Guardian' (BY520-9)
é um material americano proveniente da seleção que apresenta tolerância
ao PTSL e é pouco favorável ao desenvolvimento de M. incognita
e M. javanica, entretanto, no momento, sua utilização no Brasil
ainda não está disponível.
Nos Estados Unidos, o controle químico desses nematóides é realizado
através da aplicação do nematicida 1,3-Dicloropropene, liberado somente
para aplicação em pré-plantio, e Fenamifós, para uso em pós-plantio.
Porém, os custos elevados das aplicações têm desestimulado o uso desses
produtos. Além do mais, o uso de nematicidas, é anti-econômico e pouco
efetivo, sendo esses produtos extremamente tóxicos ao homem e ao meio
ambiente.
Paralelamente ao manejo e controle do nematóide, deve-se efetuar
algumas práticas culturais que são fundamentais para reduzir as perdas
de plantas por PTSL: aplicação de calcário em pré-plantio, corrigindo-se
o pH para 6,5; poda tardia; adubações e aplicação de calcário conforme
as necessidades da cultura, baseando-se em análise de solo e folhas.
O
nematóide adaga, Xiphinema spp. reduz o vigor das plantas,
pode causar necroses radiculares e dilatações na ponta das raízes finas,
e, ainda, agir como vetor de viroses. Sob alta infestação, é comum a
redução na produção e o retardo no crescimento das plantas. As espécies
mais importantes desse gênero, Xiphinema americanum, pertencem
ao grupo americano, espécie amplamente distribuída nos pomares de pessegueiros
do sudoeste do Rio Grande do Sul. Apesar de Xiphinema americanum
estar associado à transmissão do Vírus do Mosaico Amarelo do Pessegueiro
e do Vírus da Mancha Anelada do Tomateiro, agente da pinta do caule
de Prunus, ainda não foi relatada a ocorrência dessas viroses
no Brasil, assim como também não foi confirmada a patogenicidade desse
nematóide sobre o pessegueiro.
O nematóide das lesões, Pratylenchus
spp., pode afetar o estabelecimento, o crescimento e a longevidade do
pomar, bem como a produção de frutas. P. penetrans e P. vulnus
são as espécies mais danosas ao pessegueiro. Esses nematóides causam
degeneração do sistema radicular, predispondo a planta a infecções causadas
por outros microrganismos fitopatogênicos. Em várias partes do mundo,
P. penetrans e P. vulnus também são agentes causais primários
de doenças de replantio do pessegueiro, problema caracterizado pelo
atrofiamento e amarelecimento das plantas, geralmente acompanhado de
necrose radicular.
Nematóides de outras espécies como Helicotylenchus,
Tylenchus, Paratylenchus, Trichodorus, Paratrichodorus,
Hemicycliophora e Rotylenchus têm sido freqüentemente
detectados em pomares de pessegueiro do sul do Brasil, porém sob baixos
níveis populacionais. Pouco se sabe sobre seus danos no pessegueiro,
não tendo sido confirmada, até o presente momento, sua patogenicidade
na planta.
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