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Cultivo
de tomate para industrialização |
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Doenças causadas por fungo |
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Importância econômica |
Caracterizada pela presença de manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas. (Figura 1) Algumas manchas apresentam rachaduras no centro das lesões. Os sintomas começam a surgir nas folhas mais jovens, ao contrário do que ocorre com as manchas causadas por Alternária e por Septória. O ataque severo provoca intensa queima das folhas, devido ao coalecimento das lesões e necrose das hastes. Os frutos não apresentam sintomas. Temperatura elevada (acima de 25º C) e umidade alta favorecem o ataque do fungo. Plantas com deficiência nutricional são mais vulneráveis. O fungo sobrevive de um ano para outro, saprofiticamente, nos restos culturais e em hospedeiros alternativos. A doença e também transmitida pela semente. Como medidas de manejo, recomendam-se: plantar cultivares resistentes, não deixar que ocorra desequilíbrio nutricional na planta e incorporar os restos culturais imediatamente após o fim da ultima colheita.
A
doença se manifesta durante a floração, formação
e maturação dos frutos, quando é maior a cobertura
foliar. As folhas e hastes infestadas apresentam podridão mole
e aquosa (mela), principalmente nas partes que ficam em contato direto
com o solo. Os frutos doentes apresentam podridão marrom, mole
e aquosa, coberta por um mofo micelial marrom-claro. (Figura
2) Geralmente observam-se
grânulos de solo ou tecido foliar aderidos as lesões. No
início da infecção as lesões no fruto podem
apresentar anéis concêntricos.
Excesso de irrigação e chuvas durante a fase de maturação dos frutos favorecem a incidência da doença. O ataque e mais severo em lavouras com alta densidade de plantas, conduzidas em solos orgânicos, argilosos ou compactados e onde ha acumulo de água na superfície do solo. A doença se desenvolve mais em lavouras de plantio direto e em áreas onde os restos da cultura anterior não foram bem incorporados ou decompostos. Para o manejo e o controle da doença, recomenda-se: não plantar em solos compactados ou sujeitos a encharcamentos, evitar locais e épocas favoráveis a doença, adotar uma densidade adequada de plantas, plantar preferencialmente cultivares mais eretas, controlara irrigação de modo a evitar o excesso de água no solo, principalmente durante as fases de floração e frutificação, planejar a data de plantio para evitar a ocorrência de chuvas na fase de frutificação e maturação dos frutos e incorporar os restos culturais imediatamente após a ultima colheita.
Plantas
com esta doença apresentam murcha das folhas superiores, principalmente
nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas
e muitas vezes observa-se murcha ou amarelecimento de apenas um lado da
planta ou da folha (Figura
3) . Os frutos não se desenvolvem, amadurecem ainda pequenos
e a produção e reduzida. Ao cortar o caule próximo
as raízes, verifica-se necrose do sistema vascular, caracterizada
pelo escurecimento dos tecidos periféricos a região da medula
(Figura 4) .
Não se observa podridão na medula e nem nas raízes,
mas estas ficam atrofiadas.
Temperatura alta (em torno de 28°C), solos arenosos e com pH baixo são mais favoráveis a doença. Baixos teores de nitrogênio e fósforo e alto teor de potássio também favorecem a infecção. O ataque de nematóides aumenta a severidade da doença, em função dos ferimentos causados nas raízes, que servem de porta de entrada para o patógeno. O fungo sobrevive no solo por períodos superiores a sete anos, principalmente através de microescleródios (estrutura de resistência do fungo). A doença se dissemina através de mudas infestadas, implementos agrícolas e da água de irrigação. A doença se manifesta durante a floração, formação e maturação dos frutos, quando e Como
medidas de manejo e controle, recomendam-se: plantar cultivares com resistência
as raças do patógeno, evitar o plantio em áreas sabidamente
infestadas pelo fungo e/ou por nematóides patogênicos ao
tomateiro e fazer rotação de cultura com gramíneas.
O
sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial
da planta nas horas mais quentes do dia. (Figura
5) As folhas mais velhas se tomam amareladas e necrosadas nas bordas,
em forma de "V" invertido. Os frutos ficam pequenos e mal formados e a
produção é reduzida. As plantas afetadas apresentam
leve redução de crescimento e tem o sistema radicular atrofiado.
Cortando-se o caule na região do colo verifica-se leve necrose
vascular, podem não tão intensa quanto a causada por F.
oxysporum f sp. lycopersici.
V. dahliae e bem adaptado a regiões de solos neutros ou alcalinos e com temperaturas amenas (20 a 24°C). No entanto, já foi relatada a sua ocorrência no Estado de Pernambuco, onde as temperaturas medias são comumente elevadas. O fungo sobrevive no solo por mais de oito após através de microescleródios e infecta mais de 200 hospedeiras. A disseminação da doença ocorre através de sementes infectadas e de mudas produzidas em solos infestados pelo fungo. A doença também é disseminada planta a planta através da água de irrigação. Como
medidas de manejo, recomendam-se plantar cultivares resistentes e fazer
rotação da cultura com gramíneas.
Esta
doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das
folhas mais velhas e próximas ao solo. Na folha, a doença
caracteriza-se pela presença de manchas grandes, escuras, circulares,
com anéis concêntricos.(Figura
6) O ataque severo provoca desfolha acentuada e expõe o fruto
a queima de sol. Também é comum o aparecimento de cancro
no colo e nas hastes. Nesse caso, o sintoma é caracterizado por
lesões grandes, com anéis concêntricos, semelhantes
aos que ocorrem nas folhas.(Figura
7) Nos frutos, verifica-se uma podridão deprimida, grande,
circular, próxima ao pedúnculo, coberta por um mofo preto
na superfície.(Figura
8) A doença ocorre tanto na estação chuvosa quanto
na seca, sendo favorecida por temperatura elevada (24° a 34°C) e umidade
alta.
O fungo sobrevive nos restos culturais e infecta outras hortaliças como a batata e a berinjela. A doença é transmitida também por sementes. Não
existem cultivares comerciais resistentes. Deve-se pulverizar preventivamente
com os fungicidas registrados para essa doença. Recomenda-se também
incorporar os restos culturais imediatamente após a ultima colheita
e fazer rotação de cultura com gramíneas.
Plantas
doentes apresentam uma podridão mole e aquosa, principalmente nas
folhas, hastes e frutos, que ficam em contato direto com, o solo.(Figura
9) Em condições de alta umidade, ha um crescimento micelial
muito vigoroso, de cor branca, semelhante a fios de algodão, na
superfície dos tecidos afetados. Algumas vezes esse micélio
se desenvolve na superfície do solo, próximo a planta. É
comum também a formação de pequenos grânulos
de cor marrom-claro (escleródios) na superfície dos tecidos
afetados.
A incidência da doença é maior em períodos quentes (30 a 35°C) e chuvosos, em lavouras conduzidas em solos muito argilosos e/ou compactados, com encharcamento do solo. Ferimentos nas raízes e no colo das plantas também favorecem a infecção e agravam o desenvolvimento da doença. O fungo sobrevive no solo por vários anos na forma de escleródios e nos restos culturais. Em
locais e épocas favoráveis à doença, adotar
menor densidade de plantio e plantar preferencialmente cultivares de porte
ereto. Evitar excesso de água no solo, principalmente durante a
floração e frutificação, e planejar a data
de plantio de modo a evitar chuvas na fase de frutificação
e maturação dos frutos. A área de plantio deve ser
descompactada.
Os
sintomas desta doença aparecem na fase reprodutiva do tomateiro,
durante a floração e formação de frutos. A
doença é observada em reboleiras, identificada pela secagem
prematura e localizada de varias plantas. O fungo causa "mela" das folhas
e das hastes em contato com o solo. Com o amadurecimento da planta, o
caule e as hastes infectadas apresentam uma podridão seca, cor
de palha (Figura
10), que geralmente contém no seu interior grande quantidade
de escleródios em forma de grânulos pretos, semelhantes a
fezes de rato.(Figura
11) Os frutos permanecem fixos a planta doente e raramente apresentam
sintomas de podridão. Os escleródios podem permanecer viáveis
por mais de 10 anos no solo. A sua disseminação ocorre através
dos implementos agrícolas.
O fungo afeta as solanáceas, leguminosas, brássicas e outras famílias botânicas. O ataque é mais severo em lavouras cultivadas sob condições de clima ameno (15 a 21°C) e umidade alta. A doença é agravada em solos com problemas de compactação, onde há acúmulo de água, e em plantios muito densos com crescimento vegetativo vigoroso e com baixa circulação de ar. O
controle requer manejo integrado, incluindo as seguintes ações:
não plantar sob condição de clima frio e chuvoso;
não plantar em solo compactado sujeito a encharcamento; não
fazer cultivos sucessivos de batata, ervilha, feijão, girassol,
pimentão, soja e tomate; adotar menor adensamento em locais e épocas
favoráveis a doença; plantar preferencialmente cultivares
de porte ereto; evitar o excesso de água no solo, principalmente
durante a floração e formação dos frutos;
incorporar os restos culturais o mais profundo possível, logo após
a colheita, visando provocar o apodrecimento dos escleródios; e
em áreas novas e ainda não infestadas, fazer rotação
da cultura com gramíneas, para evitar a entrada e o aumento da
população do fungo no solo.
A
requeima causa manchas encharcadas, grandes e escuras nas folhas.(Figura
12) Na face inferior da lesão geralmente observa-se um mofo
pulverulento esbranquiçado, que é a esporulação
do fungo. As brotações jovens apresentam podridão
encharcada e escura, semelhante aos sintomas nas folhas (Figura
13). Nos frutos, a podridão é dura, de coloração
marrom-escura. O ataque severo provoca grande desfolha e podridão
dos frutos.(Figura
14)
A doença é favorecida por condições de clima ameno e tímido. Epidemias também podem ocorrerem regiões secas ou em épocas relativamente quentes, desde que a temperatura da noite permaneça em tomo de 18°C a 22°C por períodos prolongados e a umidade do ar seja alta (acima de 90%). Deve-se
evitar a irrigação em excesso e o plantio em local frio
e tímido, sujeito a excesso de neblina e orvalho. Em 6pocas e locais
com clima favorável a doença e em áreas onde a requeima
ocorre de forma endêmica, pulverizar preventivamente ou logo no
inicio do aparecimento dos primeiros sintomas. Septoriose (Septoria lycopersici) Doença caracterizada pela presença de manchas pequenas, circulares, esbranquiçadas, com pontuações negras (picnídios) no centro da lesão nas folhas.(Figura 15) 0 fungo infecta inicialmente as folhas mais velhas. Ataques severos causam também lesões nas hastes, pedúnculo e cálice, porém os frutos permanecem sadios. A incidência é mais severa nos cultivos feitos durante o período quente (25 a 30°C) e chuvoso do ano, porém ataques severos podem ocorrer também no período seco, desde que haja bastante orvalho ou excesso de irrigação. O fungo sobrevive nos restos culturais do tomateiro e é transmitido através das sementes. Várias solanáceas são hospedeiras alternativas desse fungo, dentre elas a batata e a berinjela. Devem-se fazer pulverizações preventivas com os fungicidas registrados (consultar Agrofit). É importante a rotação de cultura com gramíneas e a incorporação dos restos culturais imediatamente após a última colheita. Outros
agentes causadores de doenças:
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Informações
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