Embrapa Hortaliças
Sistema de Produção, 1
ISSN ___ Versão Eletrônica
Jan/2003

Cultivo de tomate para industrialização

Autores
Início

Processamento

Importância econômica
Composição nutricional
Clima
Solos
Adubação
Cultivares
Produção de muda
Plantio
Irrigação
Plantas daninhas
Doenças
Pragas
Colheita e pós-colheita
Processamento
Produção de sementes
Coeficientes técnicos
Referências bibliográficas
Glossário


Expediente

 

O sistema agroindustrial do tomate no País é caracterizado por uma cadeia agroalimentar formada por quatro segmentos funcionais, sendo a industrialização propriamente dita a que compreende a indústria de transformação primária e a indústria de transformação secundária que se integram e se complementam (Figura).

 


Transformação PrimáriaEstrutura e Organização

 

O segmento de transformação primária, que consiste na obtenção de produtos intermediários destinados ao posterior processamento e/ou à fabricação de produtos formulados, não é padronizado, e o modelo adotado encontra-se em fase de transformação. Como parte dessas transformações, observa-se a relocação das indústrias processadoras tradicionais e a implementação de novas companhias junto às atuais fronteiras agrícolas que estão sendo abertas na Região do Cerrado, englobando Minas Gerais e Goiás.

 

A presença de pequenas empresas independentes no setor ainda não é dominante, mas as atualmente existentes têm se equipado com tecnologia moderna, visando otimizar o processo industrial, com o propósito de atender às demandas do mercado nacional e internacional.

 

A pouca qualidade da matéria-prima, a baixa produtividade agrícola e a má localização de algumas plantas industriais são os principais entraves para a melhoria do nível de desempenho do setor.

 

O Brasil apresenta algumas vantagens comparativas em relação à maioria dos países do Mercosul em termos de fatores edafoclimáticos e de estrutura de produção. Nos últimos dez anos vem ocorrendo grande evolução do segmento produtivo brasileiro, que vem abandonando um modelo com forte verticalização da produção, em detrimento de modelos em que ocorre a formação de complexos agroindustriais fornecedores de produtos semi-industrializados para as indústrias de alimentos formulados. Entretanto, o País apresenta ainda algumas desvantagens quando comparado com países como o Chile, principalmente com relação ao custo de produção.

 

Em termos de Mercosul, as atenções se voltam para a possibilidade de parcerias com o Chile, pois o Uruguai e o Paraguai não têm condições de operar, no presente momento, no segmento da cadeia produtiva do tomate. Na Argentina, o cultivo do tomate industrial não conseguiu, até o presente momento, atingir níveis de competitividade.

 

No segmento de transformação secundária (produtos acabados) vem ocorrendo grande diversificação de produtos derivados do tomate, procurando-se adequar as linhas de produtos às reais necessidades do público consumidor. Desse modo, a fabricação de produtos mais concentrados vem sendo gradativamente substituída pela de produtos menos concentrados e mais sofisticados em termos de ingredientes e de sabor, tais como sucos temperados e molhos condimentados, contendo tomate cubeteado ou triturado. Esses tipos de produtos visam atender a mercados com público mais exigente e com gosto mais diversificado.

 

O segmento de produtos acabados é complexo, pois além de atuar em área de grande competitividade em qualidade e preço, depende diretamente do desempenho do setor agrícola. Entretanto, sabe-se que o setor agrícola não tem condições de atender, em curto prazo, grandes demandas em termos de qualidade e de produtividade.

Voltar

Fluxograma do Processo de produção de polpa concentrada

Copyright © 2000, Embrapa