| 
 
  | 
 
  | 
||
|  
         Cultivo 
        de tomate para industrialização 
 | 
|||
| Início |   
       Doenças e métodos de controle  | 
||
| 
 Importância econômica  | 
 
       Muitas doenças tem sido relatadas atacando o tomateiro, causando grande redução da produtividade e da qualidade do produto. O conhecimento da etiologia, da sintomatologia e dos métodos gerais de controle permite a identificação precoce e o tratamento preventivo das doenças. Para isso, recomendam-se vistorias freqüentes na lavoura, procurando identificar as anomalias como crescimento deficiente, murcha, manchas, mofos etc. Agentes causadores de doenças: Doenças causadas por bactérias 
 É pouco freqüente em tomateiro rasteiro, comparativamente ao tomateiro envarado, certamente em função do menor manuseio. Os sintomas de infecção sistêmica são a murcha total ou parcial da plantas e descoloração vascular. A infecção localizada se caracteriza por queima das bordas dos folíolos, pequenos cancros cor de palha (Figura 1), facilmente observáveis nos pedúnculos, e manchas do tipo olho-de-perdiz nos frutos (Figura 2). 
 
         Esta doença é favorecida por temperaturas mais altas (20 a 30°C). Apresenta sintomas foliares bastante semelhantes aos da pinta-bacteriana (Figura 3). Nos frutos, porém, as lesões são maiores, mais claras e mais profundas que as da pinta-bacteriana (Figura 4). Também provoca queda de flores quando o ataque ocorre por ocasião do florescimento. 
  
         Também conhecida por mancha-bacteriana pequena ou pústula-bacteriana, é muito freqüente em condições de temperaturas amenas (18a 24°C) e alta umidade. Ataca toda a parte aérea da plantas. É primeiramente observada nas folhas baixeiras, na forma de pequenas manchas necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um halo amarelo. Os sintomas são mais característicos nos frutos, com a formação de pontuações negras superficiais, que podem ser arrancadas com a unha (Figura 4). O ataque durante a floração pode provocar intensa queda de flores. 
  
         Associada a solos muito encharcados e à alta temperatura, esta doença é mais problemática no verão e em regiões de clima mais quente. A bactéria pode permanecer por vários anos no solo. O sintoma principal é a murcha da planta (Figura 5), de cima para baixo, a partir do início da floração, permanecendo as folhas verdes. A parte inferior do caule se toma amarronzada e ocorre a exsudação de um pus bacteriano quando se faz o "teste-do-copo". O teste consiste em colocar um pedaço de caule da plantas suspeita em um copo com água. Em caso positivo, observa-se a exsudação de um pus bacteriano na água. 
  
         Doenças causadas principalmente por Erwinia carotovora subsp. carotovora e por E. chrysanthemi. Esta última ocorre em locais com temperaturas mais elevadas. Essas bactérias são as responsáveis pelas podridões em tomate (Figura 6). A bactéria penetra através de ferimentos, daí a importância de controlar os insetos que provocam furos nos frutos. Requer temperatura e umidade elevadas para se tornar problema de importância econômica. O controle das doenças bacterianas é feito por meio de práticas culturais como as citadas na Tabela 1, aliando-se, sempre que possível, a utilização de variedades resistentes. 
 Outros agentes causadores de doenças:  | 
||
|   Tabela 1. Principais medidas de controle de doenças bacterianas em tomateiro.  | 
  |||||
|   
 Recomendação  | 
      
       Doenças  | 
  ||||
|   
       Pinta bacteriana  | 
      
       Mancha bacteriana  | 
      
       Cancro bacteriana  | 
      
       Murcha bacteriana  | 
      
       Talo-oco podridão de frutos  | 
  |
|    
 1) Plantar sementes de boa qualidade e/ou tratar previamente as sementes  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       -  | 
       
       -  | 
  
|    
 2) Plantar cultivares resistentes  | 
       
       ++  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       -  | 
  
|    
 3) Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
  
|    
 4) Evitar excesso de nitrogênio (usar adubação equilibrada)  | 
       
       -  | 
       
       -  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       ++  | 
  
|    
 5) Evitar ferimentos na plantas (mecânicos, insetos)  | 
       
       -  | 
       
       -  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       ++  | 
  
|    
 6) Reduzir o volume de água e / ou melhorar a drenagem do terreno.  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
  
|    
 7) Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       ++  | 
       
       -  | 
       
       +  | 
  
|    
 8) Eliminar plantas doentes  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       -  | 
       
       +  | 
       
       -  | 
  
|    
 9) Fazer rotação de cultura  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       +  | 
       
       ++  | 
       
       +  | 
  
|   Figuras  | 
    |
|   1 – Mancha nas bordas do folílo, sintoma de cancro bacteriano.  | 
    |
|   2 – Necrose tipo olho-de-pombo, sintoma de cancro bacteriano.  | 
    |
|   3 - Mancha-bacteriana: lesões grandes nos frutos e queima nas folhas.  | 
    |
|   4 - (esq.). Pinta-bacteriana. (dir.) Mancha bacteriana no fruto.  | 
    |
|   5 – Plantas murchas, sintoma de murcha-bacteriana.  | 
    |
|   6 – Frutos apodrecidos atacados por bactérias.  | 
    |
| 
 Copyright © 2000, Embrapa  |