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Cultivo de tomate para industrialização |
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Pragas e métodos de controle |
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Importância econômica |
O controle de insetos e ácaros do tomateiro não se restringe apenas ao controle químico ou biológico. Um manejo eficiente é obtido com a adoção das seguintes recomendações: Adotar rotação de culturas. Destruir os restos culturais imediatamente após a colheita. Manter a lavoura livre de plantas daninhas e outras hospedeiras de insetos e ácaros. Utilizar cultivares mais adaptadas à região. Essas medidas requerem uma mudança de atitude dos produtores que, em conjunto e de forma organizada, devem: Concentrar os plantios em cada microrregião no mais curto espaço de tempo. Utilizar os insumos recomendados de maneira racional, coordenada e articulada, de modo que os problemas comuns à cultura sejam enfrentados por todos ao mesmo tempo. Desinfestar sistematicamente os vasilhames e os meios de transporte, para reduzir as condições de disseminação das pragas entre regiões. Fazer inspeções periódicas das áreas de produção, dando especial atenção às bordas dos campos e aos locais onde há maior incidência de plantas daninhas, pulverizando essas áreas. Obedecer às recomendações de controle dos insetos e ácaros quanto ao produto, dosagem, horário e freqüência de pulverizações. Principais Pragas do Tomateiro Traça-do-tomateiro
Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) Ocorre durante todo o ano, especialmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. Lavouras irrigadas por aspersão convencional ou por pivô central são menos danificadas do que as irrigadas por sulco. A irrigação por aspersão derruba os ovos, larvas e pupas, reduzindo o potencial de multiplicação do inseto. Os ovos são colocados nas folhas, hastes, flores e frutos. São elípticos, de cor branca, e se tornam amarelados ou marrons. As larvas eclodem três a cinco dias após a postura (Figura 1). São de cor branca ou verde. Após a eclosão, penetram imediatamente no parênquima foliar, nos frutos ou nos ápices das hastes, onde permanecem por oito a dez dias, quando se transformam em pupas. A fase de pupa dura de sete a dez dias e ocorre principalmente nas folhas ou no solo e, ocasionalmente, nas hastes e frutos. Os adultos (Figura 2) são pequenas mariposas de cor cinza, marrom ou prateada, medem aproximadamente 10 mm de comprimento e podem viver até uma semana. Acasalam-se imediatamente após a emergência, voam e ovipositam predominantemente ao amanhecer e ao entardecer. Os danos são causados pelas larvas, que formam minas nas folhas e se alimentam no interior destas. Podem destruir completamente as folhas (Figura 3 e Figura 4) do tomateiro e tornar imprestáveis os frutos (Figura 5), além de facilitar a contaminação por patógenos. As medidas mais eficientes de controle visam interromper o ciclo biológico do inseto, como a destruição e incorporação dos restos culturais. Controle químico e seletividade de produtos O controle químico é a prática mais utilizada por agricultores. As opções de inseticidas recomendados para o controle da praga estão listados na Tabela 1. As pulverizações devem ser iniciadas quando o inseto for constatado na área. No caso específico do Abamectin, sua mistura com óleo mineral na dosagem recomendada torna-o mais eficiente no controle de larvas. Considera-se bom o manejo que, ao final do ciclo, resulte em no máximo 10% de frutos danificados. Principais Pragas do Tomateiro Traça-do-tomateiro |
Tabela 1. Inseticidas registrados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para o controle da traça-do-tomateiro. |
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Grupo químico |
Ingrediente ativo |
Nome comercial |
Aciluréia | Lufenuron | Match CE |
Aril propil benzil éter | Etofenprox | Trebon 300 CE |
Avermectina | Abamectin | Vertimec 18 CE |
Benzoiluréia | Chlorfluazuron | Atabron 50 CE |
Teflubenzuron | Nomolt 150 | |
Triflumuron | Alsystin 250 | |
Biológico |
Bacillus thuringiensis |
Agree, Dipel, Ecotech, Xentari |
Derivado da uréia | Diflubenzuron | Dimilin |
Diacilidrazina | Tebufenozide | Mimic 240 SC |
Ditiocarbamato | Cartap | Cartap BR 500, Thiobel 500 |
Fosforado | Fentoato | Elsan |
Metamidophos | Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron BR | |
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Parathion metyl | Mentox 500 CE |
Piretróide | Betacyfluthrin | Bulldock 125, Trebon 300 CE, Turbo |
Cyfluthrin | Baythroid CE | |
Cypermethrin | Arrivo 200CE, Cyptrin 250C, Galgothrin, Ripicord 100 | |
Deltamethrin | Decis 25 CE | |
Esfenvalerate | Sumidan 25 CE | |
Fenpropathrin | Danimen 300 C, Meothrin 300 | |
Fenvalerate | Belmark 75 CE, Sumicidin 200 | |
Lambdacyalothrin | Karate 50 CE | |
Permethrin | Ambush
500 CE, Corsair 500 C, Piredan, Pounce 384 CE, Valon 384 CE |
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Zetacypermethrin | Fury 180 EW |
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Figuras |
1. Lagarta da traça-do-tomateiro. |
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2. Traça-do-tomateiro adulto. |
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3. Danos de traça-do-tomateiro em folhas. |
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4. Planta severamente atacada. |
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5. Frutos danificados por traça-do-tomateiro. |
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