Embrapa Hortaliças
Sistema de Produção, 1
ISSN ___ Versão Eletrônica
Jan/2003

Cultivo de tomate para industrialização

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Pragas e métodos de controle

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Expediente

 

O controle de insetos e ácaros do tomateiro não se restringe apenas ao controle químico ou biológico. Um manejo eficiente é obtido com a adoção das seguintes recomendações:

 

Adotar rotação de culturas.

 

Destruir os restos culturais imediatamente após a colheita.

 

Manter a lavoura livre de plantas daninhas e outras hospedeiras de insetos e ácaros.

 

Utilizar cultivares mais adaptadas à região.

 

Essas medidas requerem uma mudança de atitude dos produtores que, em conjunto e de forma organizada, devem:

 

Concentrar os plantios em cada microrregião no mais curto espaço de tempo.

 

Utilizar os insumos recomendados de maneira racional, coordenada e articulada, de modo que os problemas comuns à cultura sejam enfrentados por todos ao mesmo tempo.

 

Desinfestar sistematicamente os vasilhames e os meios de transporte, para reduzir as condições de disseminação das pragas entre regiões.

 

Fazer inspeções periódicas das áreas de produção, dando especial atenção às bordas dos campos e aos locais onde há maior incidência de plantas daninhas, pulverizando essas áreas.

 

Obedecer às recomendações de controle dos insetos e ácaros quanto ao produto, dosagem, horário e freqüência de pulverizações.

 

Principais Pragas do Tomateiro

Traça-do-tomateiro
Mosca branca
Ácaros
Larva minadora
Tripes
Pulgões
Lagarta-rosca
Broca grande
Broca pequena
Lagarta-militar
Burrinho

 

 

 

Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)

 

Ocorre durante todo o ano, especialmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. Lavouras irrigadas por aspersão convencional ou por pivô central são menos danificadas do que as irrigadas por sulco. A irrigação por aspersão derruba os ovos, larvas e pupas, reduzindo o potencial de multiplicação do inseto.

 

Biologia

 

Os ovos são colocados nas folhas, hastes, flores e frutos. São elípticos, de cor branca, e se tornam amarelados ou marrons. As larvas eclodem três a cinco dias após a postura (Figura 1). São de cor branca ou verde. Após a eclosão, penetram imediatamente no parênquima foliar, nos frutos ou nos ápices das hastes, onde permanecem por oito a dez dias, quando se transformam em pupas. A fase de pupa dura de sete a dez dias e ocorre principalmente nas folhas ou no solo e, ocasionalmente, nas hastes e frutos. Os adultos (Figura 2) são pequenas mariposas de cor cinza, marrom ou prateada, medem aproximadamente 10 mm de comprimento e podem viver até uma semana. Acasalam-se imediatamente após a emergência, voam e ovipositam predominantemente ao amanhecer e ao entardecer.

 

Danos

 

Os danos são causados pelas larvas, que formam minas nas folhas e se alimentam no interior destas. Podem destruir completamente as folhas (Figura 3 e Figura 4) do tomateiro e tornar imprestáveis os frutos (Figura 5), além de facilitar a contaminação por patógenos.

 

Controle cultural

 

As medidas mais eficientes de controle visam interromper o ciclo biológico do inseto, como a destruição e incorporação dos restos culturais.

 

Controle químico e seletividade de produtos

 

O controle químico é a prática mais utilizada por agricultores. As opções de inseticidas recomendados para o controle da praga estão listados na Tabela 1. As pulverizações devem ser iniciadas quando o inseto for constatado na área. No caso específico do Abamectin, sua mistura com óleo mineral na dosagem recomendada torna-o mais eficiente no controle de larvas. Considera-se bom o manejo que, ao final do ciclo, resulte em no máximo 10% de frutos danificados.

 

Principais Pragas do Tomateiro

Traça-do-tomateiro
Mosca branca
Ácaros
Larva minadora
Tripes
Pulgões
Lagarta-rosca
Broca grande
Broca pequena
Lagarta-militar
Burrinho

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Tabela 1. Inseticidas registrados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para o controle da traça-do-tomateiro.

Grupo químico

Ingrediente ativo

Nome comercial

Aciluréia Lufenuron Match CE
Aril propil benzil éter Etofenprox Trebon 300 CE
Avermectina Abamectin Vertimec 18 CE
Benzoiluréia Chlorfluazuron Atabron 50 CE
  Teflubenzuron Nomolt 150
  Triflumuron Alsystin 250
Biológico

Bacillus thuringiensis

Agree, Dipel, Ecotech, Xentari
Derivado da uréia Diflubenzuron Dimilin
Diacilidrazina Tebufenozide Mimic 240 SC
Ditiocarbamato Cartap Cartap BR 500, Thiobel 500
Fosforado Fentoato Elsan
  Metamidophos Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron BR

 

Parathion metyl Mentox 500 CE
Piretróide Betacyfluthrin Bulldock 125, Trebon 300 CE, Turbo
  Cyfluthrin Baythroid CE
  Cypermethrin Arrivo 200CE, Cyptrin 250C, Galgothrin, Ripicord 100
  Deltamethrin Decis 25 CE
  Esfenvalerate Sumidan 25 CE
  Fenpropathrin Danimen 300 C, Meothrin 300
  Fenvalerate Belmark 75 CE, Sumicidin 200
  Lambdacyalothrin Karate 50 CE
  Permethrin Ambush 500 CE, Corsair 500 C, 
Piredan, Pounce 384 CE, Valon 384 CE
  Zetacypermethrin Fury 180 EW
 

 

Figuras

1. Lagarta da traça-do-tomateiro.

2. Traça-do-tomateiro adulto.

3. Danos de traça-do-tomateiro em folhas.

4. Planta severamente atacada.

5. Frutos danificados por traça-do-tomateiro.

 

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