Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
Sistema de Produção, 17
ISSN 1678-8796 Versão eletrônica
Dez/2005

Sistema de Produção para Pequenos Produtores de Citros do Nordeste

Autores

Início

Importância econômica
Clima
Solos
Adubação
Variedades
Mudas e sementes
Plantio
Irrigação
Tratos culturais
Plantas daninhas
Doenças
Pragas
Uso de agrotóxicos
Colheita e pós-colheita

Processamento
Mercado e comercialização
Coeficientes técnicos
Referências bibliográficas
Glossário


Expediente

Coeficientes Técnicos

As estimativas de custos de produção proporcionam informações importantes para auxiliar o produtor na tomada de decisão do que plantar, como também na otimização do sistema de produção adotado.

O desempenho econômico do pomar citrícola depende de uma série de fatores, dentre os quais destacamos: as variedades adotadas; a densidade de plantio; as condições edafo-climáticas; os tratos culturais e fitossanitários; o manejo e conservação do solo; o grau de incidência de pragas e doenças; os custos de aquisição dos insumos, da mão-de-obra, dos equipamentos e de comercialização; e do preço recebido pela tonelada da fruta.

Nesta seção são apresentados, à título de exemplo, os coeficientes técnicos e as estimativas de custos de produção por hectare para o cultivo da laranja ‘Pera’, à preços nominais, em regime de sequeiro, para a região de Tabuleiros Costeiros da Bahia, a partir de dados levantados com a participação de técnicos locais de instituições envolvidas (EBDA, ADAB, Sec. de Agricultura de Rio Real) e citricultores do município de Rio Real – BA.

Deve-se ressaltar que os coeficientes técnicos e demais valores apresentados são estimativas levantadas especificamente para a região mencionada e que diferenças nos preços dos insumos, no preço da tonelada da fruta, bem como no nível de tecnologia adotado, podem alterar a composição dos custos, das receitas e, consequentemente, a rentabilidade estimada do pomar.

Custos de instalação e manutenção

Na Tabela 1 são apresentados os custos de implantação, do primeiro ao terceiro ano, e de manutenção, de um hectare de laranja ‘Pera’ a partir do quarto ano, em regime de sequeiro, considerando o espaçamento de 6,00m x 4,00m, com uma densidade de 416 plantas por hectare e uma vida útil do pomar de 17 anos.

No primeiro ano (implantação do pomar), os gastos na aquisição dos insumos são os que mais pesam sobre os custos, representando 56,79% do custo total, sendo seguidos dos gastos com preparo do solo, plantio e tratos culturais, com participações de 33,11% e 10,10%, respectivamente. Como não há produção no primeiro e no segundo ano, não há, portanto, custos de colheita. Nos anos seguintes, pode-se observar as participações percentuais dos custos a partir da Tabela 2. No Gráfico 1, a proporção desses custos ao longo da vida útil do pomar pode ser visualizada de maneira ainda mais fácil.

A Tabela 3 apresenta uma estimativa de desempenho do pomar considerando o período de produção, as produtividades esperadas para cada ano e as respectivas receitas e custos envolvidos. O indicador margem bruta representa a diferença entre a receita (valor da produção) e o custo total, em cada período. Deve-se chamar atenção para o preço considerado (média histórica informada de R$147,00/ton.), o qual está sujeito à oscilações para maior ou menor, provocadas pela sazonalidade da oferta da fruta.

Vide:

Tabela 1
Tabela 2
Gráfico 1
Tabela 3

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