Embrapa Hortaliças
Sistemas de Produção, 2
ISSN 1678-880x Versão Eletrônica
Nov./2007
Pimenta (Capsicum spp.)
Autores

Sumário

Apresentação
Importância econômica
Botânica
Clima
Solos
Adubação
Cultivares
Produção de mudas
Plantio
Tratos culturais
Irrigação
Plantas daninhas
Doenças
Pragas
Colheita
Comercialização

Consumo
Processamento
Produção de sementes
Coeficientes técnicos
Referências
Glossário

Agrotóxicos



Expediente

Adubação

 

A quantidade de adubo a ser aplicada é determinada com base na análise química do solo e nos boletins-aproximação de cada região. Como na maioria destes boletins não existem recomendações para a cultura da pimenta, utiliza-se a recomendação feita para o pimentão.

Aplicar calcário para elevar a saturação de bases a 80% e o teor mínimo de magnésio a 8 mmol/dm3. Em situações onde é muito difícil fazer a análise química do solo, existem algumas aproximações que auxiliam o produtor quanto às quantidades e tipos de adubos a serem utilizados. Porém, o produtor terá maiores chances de acerto fazendo a análise química anual de solo 2-3 meses antes da calagem. A quantidade de fertilizantes indicada deverá ser distribuída uniformemente no sulco ou no canteiro, revolvendo bem o solo a uma profundidade de aproximadamente 30 centímetros para que ocorra uma boa incorporação.

Nos latossolos da região do Distrito Federal adota-se a recomendação de adubação de plantio de P e K apresentada na Tabela 1. A adubação nitrogenada deve ser feita na base de 150 kg/ha de N. A adubação orgânica usada neste tipo de solo deve ser na razão de 30 t/ha de esterco de curral ou 10 t/ha de esterco de galinha. Além de NPK, fontes de B e Zn devem ser aplicadas no solo antes do plantio na base de 15-20 kg/ha.

No Estado de São Paulo, recomenda-se a adubação mineral e calagem publicada no Boletim Técnico 100 do Instituto Agronômico de Campinas. Os fertilizantes devem ser aplicados 10 dias antes do transplante das mudas, no sulco de plantio, em quantidades de acordo com a análise do solo e as recomendações descritas na Tabela 2. Na adubação orgânica utiliza-se 10 a 20 t/ha de esterco de curral curtido, ou 1/4 dessas quantidades de esterco de galinha curtido. Acrescentar à adubação de plantio 1 kg/ha de B e de 10 a 30 kg/ha de S.

A EPAMIG, por meio do Boletim Técnico nº 56, recomenda para a cultura da pimenta, doses de 20 t/ha de esterco de curral ou 5 t/ha de esterco de galinha por metro de sulco. Em seguida, aplicar também ao longo do sulco o adubo químico (de acordo com a Tabela 3) e misturar tanto o esterco como o adubo com a terra por meio de duas passadas de cultivador no fundo do sulco.

Até a fase de florescimento, as adubações de cobertura são feitas com adubo nitrogenado e durante a frutificação com uma mistura de adubo nitrogenado com potássico, em intervalos de 30-45 dias. No caso das pimentas, em que a colheita pode prolongar-se por mais de um ano, as adubações de cobertura devem ser feitas até o final do ciclo com base em observações no crescimento ou aparecimento de sintomas de deficiências nutricionais. Normalmente utiliza-se 20-50 kg/ha de N e 20-50 kg/ha de K2O.

 

Tabela 1. Recomendação de adubação com P2O5 e K2O para a cultura do pimentão na região do Distrito Federal, baseada na análise química do solo.
Níveis no solo (ppm)
Dosagem (kg/ha)
P
K
P205
K20
0-10
0-50
400-600
150-200
11-30
51-100
200-400
100-150
31-50
101-150
100-200
50-100
+50
+150
50
-
Fonte: Instituto Agronômico de Campinas – IAC (1996). Emater 1987, para o DF Plantio Embrapa Hortaliças

 

 

Tabela 2. Recomendação de adubação mineral para a cultura da pimenta no Estado de São Paulo, baseada na análise química do solo .
Nitrogênio
P resina , mg/dm3
K+ trocável, mmolc/dm3
Zn, md/dm3
0-25 26-60 > 60
0-1,5 1,6-3,0 > 3,0
0,6 > 0,6
N, kg /ha
P2O5, kg /ha
K2O, kg /ha
Zn, kg /ha
40
600 320 160
180 120 60
30
Fonte: Instituto Agronômico de Campinas – IAC (1996). Emater 1987, para o DF Plantio Embrapa Hortaliças

 

 

Tabela 3. Recomendação de adubação mineral para a cultura da pimenta no Estado de Minas Gerais , baseada na análise química do solo .
Teor no solo de
 
Dosagem (kg/ha)
P ou K
P2O5
K2O
N
Baixo
300
240
60
Médio
240
180
60
Alto
180
120
60
Fonte: EMPAMI, Boletim Técnico 56, Viçosa-MG, 1999

 

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