As pimentas são parte da riqueza cultural brasileira e um valioso patrimônio de nossa biodiversidade. São cultivadas em todo território nacional, desde o Rio Grande do Sul até Roraima, em uma imensa variação de tamanhos, cores, sabores e, é claro, picância ou ardume.
‘Malagueta’, ‘Dedo-de-Moça’, ‘Doce Americana’, ‘Chapéu de Bispo’, ‘Cumari Amarela’, ‘Bode’, ‘De Cheiro’, ‘tabasco’ ‘Murupi’, ‘Biquinho’ são apenas algumas das inúmeras pimentas cultivadas no Brasil, todas parentes muito próximas dos pimentões. O agronegócio das pimentas é muito mais relevante do que se imagina, e envolve diferentes segmentos, desde as pequenas fábricas artesanais caseiras de conservas até a exportação de páprica por empresas multinacionais que competem no mercado de exportação de especiarias e temperos. Nos últimos anos, as pimentas têm ganhado um espaço cada vez maior na mídia por sua versatilidade culinária e industrial e também por suas propriedades medicinais. O mesmo princípio que causa a ardência das pimentas – a capsaicina – também é usada para aliviar dores musculares, dores de cabeça e artrite reumatóide, entre outras.
O Sistema de Produção de Pimentas (Capsicum spp.)’ certamente contribuirá para o desenvolvimento desta cultura no Brasil, e ajudar principalmente aos pequenos produtores familiares a melhorar sua produtividade.
José Amauri Buso
Chefe Geral da Embrapa Hortaliças